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Política

Nova edição da “Revolução do Autocuidado” acontece no Duarte da Silveira nesta quinta

O que aconteceria se, por apenas um dia, todas as mulheres do mundo parassem de realizar todas as tarefas de cuidado que são esperadas delas, como cozinhar, lavar roupa, limpar a casa, cuidar das crianças e das pessoas idosas? Essa é uma das perguntas que faz parte da reflexão proposta pela série de rodas de conversa “Revolução do Autocuidado”, que tem ocupado comunidades de Petrópolis por meio do mandato da Coletiva Feminista Popular, representado na Câmara Municipal pela vereadora Júlia Casamasso. A atividade já aconteceu nas  regiões do Caxambu, Contorno e Moinho Preto, e está marcada para esta quinta-feira (27), na Rua Luiz Winter, Comunidade São Jorge, no Duarte da Silveira, às 19h, sempre direcionada para mulheres.

De acordo com a vereadora, o objetivo é que seja um espaço de encontro e segurança para uma troca sobre a realidade material das mulheres,  a forma de funcionamento da sociedade, sua estrutura, e também para uma reflexão coletiva sobre o valor do trabalho do cuidado. Tem a proposta também de fazer com que as mulheres parem um pouco de olhar para os outros e olhem para si. “Esse é o momento em que as mulheres falam do que as aflige e, na maioria das vezes, infelizmente, são assuntos pesados como relacionamento abusivo ou, o fato de, muitas vezes, serem o único sustento da família”, relata.

Quase todas as rodas têm sido conduzidas por Suelen Ribeiro, psicóloga do Centro de Referência e Atendimento à Mulher de Petrópolis (CRAM), do Espaço EWAS – Psicologia para Mulheres, conselheira municipal de direitos da mulher e co-coordenadora da Rede IRUAH, que atende meninas e mulheres em situação de violência. “A quem interessa que as mulheres não olhem para si? A quem interessa que nos sacrifiquemos o tempo todo no cuidado do outro e nos esqueçamos do autocuidado? Quando se é mulher, tudo é político, e a revolução do autocuidado é a possibilidade de olhar para nós mesmas e, descobrindo-nos, podermos então escolher novas possibilidades de sermos as mulheres que desejamos ser, livres. Autocuidado é uma forma de liberdade!”, comenta a psicóloga.

Independentemente da faixa etária, do grupo social ou de outros fatores, muitas mulheres se questionam sobre aflições que perpassam por toda a sociedade, provocando a necessidade deste tipo de união e acolhimento. “A ideia surgiu a partir de um encontro que participamos no projeto Elas na Serra, com a presidente da Associação de Moradores da Comunidade São João Batista, no Duarte da Silveira, Viviane Marques. Nos próximos meses, as atividades terão continuidade com outros temas”, finaliza a vereadora.

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