Foto: Davi Corrêa
Mais de 2 mil rodoviários, entre cobradores e motoristas, que trabalham em 222 linhas que atendem a cidade, cruzaram os braços no último dia 10. Eles reivindicam aumento de 15% do salário, mais reajuste de R$ 200,00 nas cesta básicas. O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro) ofereceu, inicialmente, o aumento de 2%. A classe recusou. Uma contraproposta do Setranspetro, no valor de 6% de acréscimo no salário dos rodoviários também não foi aceita.
Nesta sexta-feira (11), pela manhã uma nova reunião na sede do Setranspetro pode definir o rumo da greve.
Ontem (10) após uma reunião entre os rodoviários e o Sindicato das Empresas, que contou com a presença do prefeito Rubens Bomtempo, o Setranspetro entrou com uma liminar que exige a volta imediata de 40% dos coletivos. Desrespeitando a decisão da justiça, o Sindicato dos Trabalhadores está sujeito a multa diária de R$ 50 mil.
Os últimos dias têm sido marcados por manifestações no centro da cidade. Algumas escolas e creches suspenderam as aulas, a
Universidade Estácio de Sá também optou pela suspensão. Algumas disciplinas da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) chegaram a cancelar as provas.
O trânsito também foi afetado com a greve, uma vez que, parte da população optou por sair de casa de carro. Os engarrafamentos têm sido constantes em alguns pontos da cidade, como em Itaipava, na rua Coronel Veiga, Avenida Barão do Rio Branco e na Rua do Imperador.
As empresas também precisaram buscar alternativas para que os funcionários fossem trabalhar, como ir buscá-los em casa.
Para quem mora nos distritos e precisa se deslocar, a única opção é a Viação Progresso, que atende as linhas Areal – Petrópolis e São José -Petrópolis, que contam juntas com cerca de 12 horários por dia.
A situação ficou complicada também para quem trabalha no Rio. O analista Seo Mario Melo demorou 1 hora hoje (11) pela manhã para atravessar a Rua Coronel Veiga. Ele saiu de casa às 7h, no Alto da Serra e às 9h ainda estava preso no congestionamento da Coronel Veiga.
“Trabalho na Barra, então pela hora nem vale a pena ir”, disse ele que pega às 9:30 no Rio e decidiu trabalhar de casa.
EU APOIO A GREVE,MAS ESTOU REVOLTADA COM ESSAS EMPRESAS QUE PAGAM MULTA MAS NÃO PAGAM UM SALÁRIO DIGNO PARA OS RODOVIÁRIOS A QUEM NÓS CONFIAMOS NOSSAS VIDAS NESSES ÔNIBUS LOTADOS E SUCATEADOS TODOS OS DIAS.OS DONOS DAS EMPRESAS NÃO ESTÃO NEM AI PORQUE ALÉM DE NÃO ANDAREM DE ÔNIBUS TÊM MUITO DINHEIRO QUE TIRAM DA GENTE COM ESSA PASSAGEM ABSURDA PARA O SERVIÇO QUE PRESTAM. ESTOU A DOIS DIAS SEM TRABALHAR POIS SOU AUTÔNOMA E VOU MORRER NO PREJUÍZO COMO TODO CONTRIBUINTE DESSA CIDADE.SE VÁRIAS EMPRESAS PUDESSEM SERVIR A CIDADE DUVIDO QUE ISSO ACONTECERIA.DEIXO AQUI MINHA INDIGNAÇÃO. QUERO VER ESSA BAGUNÇA NA COPA…..
A coisa mais premeditadamente perversa é, diante do evidente aumento do custo de vida, manter o salário congelado, ou então concedendo esses aumentinhos ridículos, sempre abaixo da inflação. Quando querem,. esses políticos fazem uma reunião e se concedem generosos aumentos. Mas quando o povo reivindica, diante de motivos maios que lógicos, isso lhe é negado. Isso é o que se chama mesmo perversidade, doença social, com o objetivo de tornar a população cada vez mais vulnerável e manipulável. Vergonha.