Educação

Professor da UCP lança projeto de pesquisa de extração de DNA post-morten

Com objetivo de garantir a identificação de corpos de forma a preservar a liberdade e dignidade dos próprios e de suas famílias, o professor de mestrado em Direito, Rodrigo Garrido, da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), desenvolve o projeto “Novas tecnologias de extração de DNA de amostras post-mortem: contribuição para a gestão de desastres através da identificação de vítimas fatais”.

“Por falta da comprovação da morte, muitos familiares ficam sem receber pensões e outros benefícios que poderiam advir dessa comprovação. Isso é um conforto para essas famílias e poder ajudá-las é para mim uma motivação “, afirma Rodrigo.

Aprovado recentemente pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), o projeto será realizado em associação entre a UCP e o Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Para identificar corpos, os especialistas utilizam diversos métodos, tais como a papiloscopia, o estudo da arcada dentária ou de sequências do DNA. A identificação por DNA oferece a capacidade de identificar e comparar indivíduos, determinando inclusive a existência ou não de vínculo genético entre estes. Entretanto, em desastres de massa, fatores como o grande número de amostras a serem processadas, o estado de conservação das mesmas e até mesmo a falta de padronização de determinadas técnicas podem interferir no resultado das análises. Por isso, diversas amostras biológicas distintas devem ser coletadas desses cadáveres, conforme recomendação da Sociedade Internacional de Genética Forense (ISFG) e a INTERPOL. Algumas destas recomendações já foram testadas pelo Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense em eventos como as chuvas na Região Serrana em 2011 e, em 2012, com o desabamento de edifícios no Centro do Rio de Janeiro.

 “O objetivo deste estudo é verificar e padronizar novas metodologias de extração de DNA de amostras post mortem, visando beneficiar os processos de identificação de vítimas de desastres de massa. Será avaliado o uso de amostras ainda não padronizadas na rotina forense como suabes da mucosa interna da bexiga urinária, bem como o uso da resina Chelex na extração do DNA das amostras coletadas, visando a padronização de uma metodologia mais rápida, menos nociva e de baixo custo em comparação às metodologias tradicionais”, finaliza Rodrigo.

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização (contato@aconteceempetropolis.com.br).