O músico Rodrigo Barcellos apresenta neste segunda (21), às 17h, na Casa Cláudio de Souza, o concerto “A culpa é das estrelas”, projeto inspirado no homônimo de John Green. O evento, que faz parte da programação do Festival de Inverno da Dell’Arte, é gratuito, contudo, pede-se 1 kg de alimento não perecível em prol da Campanha da Solidariedade.
É a primeira vez que o violonista de 7 e 8 cordas exibe canções autorais ao público petropolitano. Até então, Rodrigo atuava essencialmente como intérprete, mas a força da história do best-seller impulsionou a criatividade do músico. “Confesso que a história de Green me emocionou de tal forma, que reviveu em mim o verdadeiro significado da arte, como canalizadora de sentimentos, e certas harmonias começavam a dançar na minha cabeça. Assim como a vida, que é linda, porém, simples; complexa, porém, frágil, a arte se mostra da mesma forma. O recital foi inspirado na simplicidade e na beleza da vida. Vi nisso tudo uma vontade enorme de expressar o que havia sentido, a catarse que Green me provocara e não vi oportunidade melhor de apresentar o meu debute como compositor”, conta.
Algumas músicas, fazem referência direta a certos fragmentos do filme, como a canção ”Brilhei”, que se refere a uma cena em que o protagonista masculino descobre que seu corpo está tomado pelo câncer terminal, restando a ele pouco tempo de vida. A canção ”Metáfora”, por outro lado, é uma dança, em referência a cena em que o mesmo protagonista leva um cigarro à boca, e criticado, explica que ele nunca o acendeu. Trata-se de uma metáfora, pois você coloca entre os dentes aquilo que te mata, mas não dá o poder pra que a coisa o faça. “Fiquei tão envolvido por esse ponto de vista que a canção saiu naturalmente. É uma dança em ritmo acelerado, que traduz coisas boas, animadas, puras! Uma canção que surgiu no mesmo espírito da metáfora original”, explica o compositor.
Veja Rodrigo interpretando “Sarará” (Yamandu Costa), no Projeto Musical Cordas e Música.
Inclusão social no Festival de Inverno de Petrópolis
Ainda nesta segunda-feira, uma oficina inédita de cinema digital em stop motion irá promover a inclusão social de crianças de baixa visão, visão nula e especiais. Realizadas nos dias 21, 22 e 23 de julho, na Comunidade Jesus Menino, em Carangola, sob a orientação de Jane Abreu, os curta metragens produzidos pelas crianças serão depois apresentados no festival no dia 27 de julho, às 15h, no Cine Teatro do Museu Imperial.
Os filmes terão como base as cirandas, compostas por Villa–Lobos. “Embasadas no nosso folclore de cantigas de roda, as Cirandas de Villa-Lobos são uma ótima oportunidade de resgatar brincadeiras precocemente esquecidas pelas crianças”, diz Myrian Dauelsberg, diretora do festival da Dell’Arte.