Agenda cultural

Documentário em homenagem à pintora Djanira será exibido nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (9), será exibido o documentário “Djanira, a Pintora Descalça”, de José Sampaio, às 17h, no Centro de Cultura Raul de Leoni. Após a exibição, haverá uma apresentação do biógrafo da pintora, Gesiel Júnior. A entrada é franca.

Autor de vários livros publicados sobre Djanira, Gesiel Júnior reside na terra onde a artista nasceu: Avaré/SP. Ele doou à Fundação de Cultura e Turismo 29 reproduções das obras da artista que compõem a mostra “Djanira – 100 Anos”, juntamente com um banner que contém matérias colhidas em revistas e jornais. Na exposição, que tem curadoria do artista plástico Paulo Campinho, o público irá encontrar ainda um livro sobre a trajetória dela, além de alguns postais com suas obras reproduzidas. A visitação está aberta ao público de terça a sábado, das 13 h às 18 h, até o dia 24 de janeiro.

De origem austríaca, a artista foi registrada como Djanira Job Paiva. Eleita entre as três grandes damas da pintura brasileira do séc. XX, sua vida nem sempre foi de artista. Viveu com a avó materna na roça plantando e colhendo café após a separação dos pais, mas se mudou para São Paulo em busca de seu destino. Como costureira consertava a roupa dos soldados e foi assim que seu primeiro marido foi o marinheiro Bartolomeu Gomes Pinheiro, que a deixou viúva cedo. Ela se mudou para o Rio de Janeiro e como dona de pensão, conheceu artistas e boêmios da época, dentre os quais o romeno Emeric Marcier, com quem aprendeu a temperar tintas. Estava trilhado aí o caminho para a pintura e ela começa a revelar sua arte cabocla para o mundo.

Sua primeira exposição individual aconteceu em 1941. Após algumas viagens ela retorna ao Brasil com reconhecimento na América Latina e já com a admiração de expoentes como Jorge Amado, Dorival Caymmi e Manuel Bandeira. Casada com o baiano José Shaw da Motta e Silva, dele recebe incentivo e percorre o país para tecer a sua obra segundo matizes tupiniquins. A arte de Djanira foi considerada do gênero primitivo como uma sábia elaboração de tudo o que ela viveu, presenciou e aprendeu. Posteriormente, sua obra foi definida como de plena modernidade.

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