Agenda cultural

Exposições no Centro de Cultura Raul de Leoni e no CEU da Posse

Através de pinturas a óleo, a mostra “O Êxodo”, de João F. Machado, retrata cenas rurais e urbanas, figuras humanas e sacra, com quadros que vão da tranquilidade bucólica do campo à dramaticidade do incêndio na Favela do Moinho (SP) ou de uma enchente em favela de Nova Iguaçu, passando por casarões, casebres e até a Casa de Santos Dumont. A exposição permanece na Galeria Djanira, no Centro de Cultura Raul de Leoni, até o dia 2 de agosto, de terça a sábado, das 10h às 18h.

João F. Machado faz exposições por todo o Brasil e já participou de mostras na França, Espanha, Berlim, Dubai, Portugal e Alemanha. Em outubro, o artista segue com seus trabalhos para a Itália. Patrocinadas pelo Instituto Êxodo, a instituição tem por objetivo divulgar e disseminar as ideias do projeto social de mesmo nome, e vários outros voltados para moradores dos projetos Êxodo e entorno.

Nascido em Carlópolis, no Paraná, em 1952, lá viveu até os 16 anos, em um rancho de sapé, com os pais e mais sete irmãos (sendo duas meninas), de onde veio a consciência de “cidadão de segunda classe”.  Devido a um acidente em família, mudou-se para São Paulo. Para sobreviver, trocava desenhos por um prato de comida na Praça da República e no Embu das Artes. Graças a uma encomenda feita pela dona de uma imobiliária, entrou para o ramo da construção.  Com viés empreendedor social, João Machado tem dedicado os últimos 45 anos de vida à criação e expansão de seu Projeto Êxodo. As pinturas decorrem da visão espacial que tem de seus projetos a futuro. Ao todo, são mais de 2 mil telas a óleo, trabalhadas em uma média de 20 por mês.

Na Galeria Aloísio Magalhães estão em exibição 41 obras, criadas por 39 artistas de lugares como Petrópolis, Rio de Janeiro (capital e interior), Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Eles foram selecionados, através dos trabalhos enviados, para o concurso Prêmio Imperial 2015, promovido pelo Instituto Êxodo. A exposição, com curadoria de Lilian Rojas e Tânia Leal, tem pinturas em diversas técnicas, duas esculturas e fotografias de arte.

Kinkas Pinturas
Kinkas Pinturas

Na Galeria Van Dijk, os petropolitanos vão se deparar com as telas instigantes da exposição individual do artista Kinkas Caetano. Mineiro de nascimento que cresceu no Rio de Janeiro e mora em Paris há 23 anos, dividindo-se entre essas duas cidades, ele expõe suas telas na capital francesa, Rio e Miami, além de mostras já feitas em São Paulo e Curitiba. Também designer gráfico, ele faz ilustrações para revistas e jornais na França, como o Le Monde e o Nouvelle Observateur, e também para instituições e eventos, públicos ou privados. Ele cita a Unesco, a Unicef e Anistia Internacional entre seus clientes de catálogos.  Kinkas informa que atualmente também está com outra exposição de pinturas em Paris (“Interferências Visuais”, em português) e uma escultura na conhecida Cow Parade que está acontecendo agora na capital francesa (uma exposição de arte urbana que acontece anualmente em algumas cidades do mundo, como o Rio de Janeiro, em que vacas esculpidas por artistas plásticos são instaladas em ruas e praças). Para os petropolitanos que quiserem conhecer seu trabalho de pintura, os quadros estão na mostra “Kinkas Pinturas”, na Galeria Van Dijk.

O Espaço Alternativo do Centro de Cultura Raul de Leoni completa o programa de exposições com a mostra de fotografias em preto e branco de Leonardo Fonseca (com apenas uma exceção de cor, para a foto da lua). São mais de 30 cliques que mostram cenas urbanas, pessoas em atividades e detalhes como a textura de uma flor, de pisos por onde andam os passantes, de uma estátua etc. “São recortes cuidadosos da realidade urbana brasileira, registrados com sensibilidade apurada para o drama social contemporâneo”, analisa Patrick Fontaine, economista e músico.

mandalaJá o CEU da Posse recebe a exposição “Mandalas”, do artista plástico Gustavo Costa, até 31 de julho. Promovida pela Fundação de Cultura e Turismo, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Natural de Cruzeiro, interior de São Paulo, e formado em engenharia mecânica, Gustavo começou a pintar óleo sobre tela na adolescência, mas o gosto pelas artes começou ainda criança. “Desenho desde pequeno e hoje, além das mandalas e telas, faço grafite e já fiz também algumas tatuagens”, comenta o artista.

As mandalas se destacam pelas cores vibrantes, formas e tamanhos. Na confecção são utilizados inúmeros materiais, como metal, madeira, pedras, lã, sisal, sementes e outros elementos que dão forma a peças únicas e exclusivas. “Pinto há 14 anos e venho criando as mandalas há 10, de forma intuitiva, sem nenhuma concepção mais acadêmica”, ressalta. As obras fazem parte de seu acervo particular e seus trabalhos já foram expostos em outros espaços culturais, como o Espaço das Artes Zélia Arbex, em Volta Redonda.

O Centro de Artes e Esportes Unificados da Praça Corta Rio fica na Estrada União Indústria, s/nº, na Posse, ao lado do CIEP 281 Gabriela Mistral. No local também funcionam anfiteatro, telecentro, biblioteca, auditório, quadra de esportes, equipamentos de ginástica, playground, pistas para caminhada e manobras de skate.

 

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