Foto: João Caldas
Neste sábado (1º), Antonio Fagundes apresenta a peça “Tribos”, em que contracena com o filho, no Sesc Quitandinha, às 21h. O valor dos ingressos varia entre R$ 5,00 (associados Sesc) e R$ 20,00 (inteira).
Traduzida por Rachel Ripani e dirigido por Ulysses Cruz, a comédia trata de questões polêmicas ao abordar a surdez universal. Fala sobre os diversos tipos de “surdez”: as pessoas que não conseguem ficar “caladas” por tempo suficiente para entender uma realidade diferente da sua e também sobre os surdos que são fisicamente incapazes de receber estímulos sonoros. E coloca em questão temas que despertam uma curiosidade reflexiva na plateia através da reflexão: “somos mais um na multidão”, “o mundo é surdo”, “existe surdez maior que o preconceito, que o orgulho, que a ignorância e que a falta de amor?”.
No elenco, Arieta Correa, Eliete Cigaarini, Guilherme Magon e Maíra Dvorek, com figurino de Alexandre Herchcovitch, criam uma relação inusitada com a plateia através de assuntos que despertam uma inquietude através da abordagem das relações humanas e suas individualidades com muito humor e tiradas inesperadas.
Nina Raine, autora do texto, usa a figura de um deficiente auditivo para questionar os diversos tipos de limitação do ser humano e, de uma maneira perversamente divertida e politicamente incorreta, revive as típicas questões familiares e reforça as dificuldades de convivência e comunicação – como acontece em toda tribo.
Billy (Bruno Fagundes) nasceu surdo em uma família de ouvintes, liderada pelo pai Christopher (Antonio Fagundes) e pela mãe Beth (Eliete Cigaarini) e complementada pelos irmãos Daniel (Guilherme Magon) e Ruth (Maíra Dvorek). Ele foi criado dentro de um casulo ferozmente peculiar e politicamente incorreto. Adaptou-se brilhantemente às maneiras não convencionais de sua família, mas eles nunca se deram ao trabalho de retribuir o favor. Finalmente, quando ele conhece Sylvia (Arieta Correa), uma jovem mulher prestes a ficar surda, Billy passa a entender realmente o que significa pertencer a algum lugar.
A apresentação de “Tribos” no Festival Sesc de Inverno tem a participação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para permitirem a acessibilidade de um público ainda mais amplo. E para os deficientes auditivos que não dominam a Libras, são oferecidos tablets, nos quais este público poderá ler e acompanhar todas as legendas do espetáculo. Existem 15 tablets à disposição dos portadores de deficiência auditiva em cada sessão.