Na próxima sexta-feira (27), a cidade passará a contar oficialmente com sua primeira universidade pública em funcionamento. A prefeitura e a Universidade Federal Fluminense (UFF) inauguram o campus às 17h, com uma festa aberta aos petropolitanos. A primeira turma de bacharelado em Engenharia de Produção tem 50 alunos, que foram selecionados por nota do Enem, conforme as regras previstas em edital que contou com mais de 1,4 mil candidatos.
Com quatro pavimentos e um anexo ao prédio principal, a unidade dispõe de quatro laboratórios pedagógicos (Física I, Física II, Química e Computação) e outros quatro laboratórios temáticos (Engenharia do Produto, Engenharia de Processo, Planejamento e Controle da Produção, e Inovação e Melhoria), auditório, salas de aula, gabinetes, salas administrativas e espaços de convivência, dentre outros. O anexo é adaptado para a instalação de uma incubadora de empresas e uma empresa júnior, destinadas à realização de novos negócios e empreendedorismo.
O projeto político-pedagógico do bacharelado em Engenharia de Produção é inovador, tendo como referencial a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou, em inglês, Project-Based Learning – PBL), que é uma abordagem na qual os estudantes lidam com questões interdisciplinares e tomam decisões sozinhos e em equipe. No processo, envolvem-se com tarefas e desafios para resolver problemas que tenham ligação prática com a vida fora da sala de aula. Como resultado, apresentam um produto final ou desenvolvem um projeto. O PBL será aplicado principalmente a partir do quarto período, logo após as disciplinas básicas de Engenharia.
Segundo o coordenador do curso, Moacyr Figueiredo, o modelo aplicado em Petrópolis deverá ser multiplicado nos cursos da universidade. “A reitoria nos pediu que o curso tivesse um caráter inovador, com a proposição de novos paradigmas e práticas de ensino. Isso estimulou o grupo a sugerir um modelo que pudesse ser implementado em outros cursos na universidade. Pesquisamos por aproximadamente um ano sobre o que havia de inovador no mercado e na academia e concluímos que o PBL era o que melhor se adequava”, explicou.