Educação

Aluna da Escola Municipal Odette Fonseca vence concurso de Contos de Natal

Com o objetivo de descobrir novos talentos literários entre crianças, jovens e adultos, e resgatar o verdadeiro sentido cristão do Natal, foi realizado o concurso Contos de Natal, cuja vencedora foi a aluna Natasha Duque de Souza Karl, da Escola Municipal Odette Fonseca. Ela ficou em primeiro lugar na categoria Jovens com o Conto “Um Natal diferente”.

O concurso acontece há 12 anos com parcerias da Universidade Católica de Petrópolis, Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e a Academia de Letras Petropolitana. A realização é do Centro de Estudos Culturais e pelo Movimento de Vida Cristã.

O concurso contou com o apoio da Secretaria de Educação de Petrópolis, que convidou para uma reunião vários professores da rede municipal de ensino neste ano de 2015, para incentivar a participação escolar. A professora de Língua Portuguesa, Bianca Micheli, esteve presente nesta reunião e levou a proposta para a Escola Municipal Odette Fonseca convidando a todos os alunos do 6º ao 9º ano a participarem escrevendo um conto artístico literário. Foram enviados então um de cada ano: João Vitor do 6º ano, Nayara do 7º, Davi do 8º e Natasha do 9º. O aluno João Vitor Bertoloti Duarte foi premiado em quarto lugar na categoria das crianças, com o conto “O Natal que ficou feliz”.

Confira o conto campeão:

Um Natal diferente

por Natasha Duque de Souza Karl

João tinha sete anos. Morador de São Paulo desde quando nasceu. Filho de Alex, um advogado conhecido na cidade e de Isabel, dona de uma loja de perfumes famosa. João era filho único. Estudava de manhã e passava a maior parte do tempo em frente à televisão. Seus pais passavam bastante tempo no trabalho, só chegando à noite quando João já estava quase dormindo.

Como o Natal estava se aproximando, todos os seus amigos da escola já estava preparando suas cartinhas para o Papai Noel. Ricardo estava super ansioso para ganhar um novo videogame. Paulinho tinha tirado ótimas notas para ter o tão esperado celular que permite tirar fotos até debaixo d’água. Enfim, todos já estavam com o pedido na ponta da língua, ou melhor, da caneta. João era o único que ainda não tinha pensado no que pedir ao Papai Noel.

Ele já tinha celular, videogame, computador, tudo! Naquele dia, sua professora começou a enfeitar a sala para o Natal e explicou para a turma o que era o Natal e sua importância. Explicou que o Natal era para comemorarmos o dia em que Jesus nasceu. E perguntou João, interessado:

– Então professora, o Natal é o aniversário de Jesus?

E professora respondeu que sim, que não eram os presentes que ganhamos na noite de Natal que o tornam algo especial, mas sim o nascimento do menino Jesus.

João foi pra casa com aquilo na cabeça, cheio de perguntas: “Nós presenteamos as pessoas quando elas fazem aniversário, certo? Então, por que no aniversário de Jesus não o presenteamos? Por que ficamos pensando no que ganhar e no que dar de presente material e esquecemos o principal que é Jesus?”

João então resolveu fazer algo diferente dos natais passados. Resolveu presentear Jesus. E ficou se perguntando: “Mas como vou presentear Jesus? Nada do que eu fizer chegará perto daquilo que ele merece.”

Foi dormir com isso na cabeça. No outro dia de manhã na escola, perguntou para sua professora:

– O que poderia alegrar Jesus?

A professora, muito surpresa, não sabendo direito o que responder, disse-lhe:

– Jesus fica alegre quando temos bom coração, quando seguimos seu exemplo de amor, quando praticamos o bem ao próximo, quando não somos egoístas.

João falou:

– Não existe nada que eu possa comprar para presentear Jesus? Algo muito bom, professora? O que a senhora acha que ele iria gostar?

A professora respondeu:

– Não, João! Ele não quer nada do que você possa comprar! Ele se alegrará com uma simples atitude de amor.

João foi pra casa novamente com aquilo na cabeça. Os dias se passaram. Era véspera de Natal e João já estava dormindo quando seus pais leram sua cartinha de Natal, que dizia:

“Jesus, pensei no que poderia lhe dar, mas nenhum dos meus bens materiais o agradariam. Minha professora disse que um bom coração já seria suficiente. Ao invés de presentes, eu gostaria de passar mais tempo com a minha família. Queria ter mais paciência e não implicar com o José lá da minha escola e nem mentir para o papai. Queria ajudar mais a quem precisa, como a Clara que tem dificuldades em matemática e eu nunca me ofereci para ajudá-la. Quero seguir seus exemplos de amor. Feliz aniversário, Jesus!”

Seus pais surpresos, tiveram consciência de que um simples almoço em família, um abraço, um carinho, seria melhor do que qualquer presente e que assim estariam alegrando o principal personagem desta data, que é Jesus. Eles tiveram um Natal diferente de todos os outros, souberam o verdadeiro significado da data e trocaram entre si os mais valiosos presente: o amor, a atenção, o afeto e o estar presente.

Um Comentário

  1. Parabéns! ótima história. Me emocionei muito com sua história. Vamos fazer o mesmo que João neste Natal!

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