Educação

Assembleia de alunos da rede estadual de Petrópolis acontece nesta terça-feira

Foto: reprodução / Facebook

Nesta terça-feira (5), estudantes da rede estadual de Petrópolis realizam uma assembleia geral para discutir a conjuntura atual da greve no município e a participação dos alunos. A concentração acontece às 9h, no portão do CIEP Cecília Meireles (em frente ao terminal Corrêas).

No último mês, professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro entraram em greve reivindicando reajustes salariais e melhores condições de trabalho. “Ainda há alguns professores comparecendo em algumas escolas, mas não todos. No meu horário, por exemplo, dos mais de dez professores que temos, somente quatro ainda estão dando aula. Nós, alunos, decidimos apoiar a greve dos professores para se tornar um movimento maior e também decidimos criar nossa própria pauta”, explica Maria, estudante, de 16 anos, do Colégio Estadual Irmã Cecília Jardim (ICJ).

Um dos pontos em pauta é a abolição do SAERJ (Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro), que analisa o desempenho dos alunos da rede pública nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática do 4° ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio. “A prova julga a média das escolas, porém, sua matéria dificilmente bate com a que nós aprendemos na sala de aula. Gastam muito dinheiro para o Estado aplicar essa prova, mas falta dinheiro para coisas básicas como papel A4 a caneta piloto”, comenta a estudante.

Os alunos também reivindicam mudança no currículo mínimo, uma gestão democrática onde tudo que for proposto para a escola seja antes avisado e votado pelos alunos e pela comunidade escolar, e uma maior carga horária de aulas que trabalham o desenvolvimento crítico, como sociologia, filosofia e história. “Na minha escola, tenho seis aulas semanais de português e quatro de matemática, e apenas duas de sociologia, história e filosofia. Queremos a abolição de metas que visam colocações em rankings e mais metas em aprendizado. Algumas escolas, se não todas, estão sem porteiros, faltam funcionários de limpeza, faltam inspetores, queremos a volta dos mesmos por motivo de segurança e arrumação da escola. Queremos que a comunidade escolar possa participar das eleições de novos diretores. Queremos uma grade com as disciplinas que são realmente obrigatórias e outras que sejam eletivas, assim o aluno pode decidir em qual área prefere estudar. Precisamos também que nossos professores recebam seus salários sem atrasos ou parcelamentos, pois isso influencia na qualidade das aulas e diminui as chances de greves”, completa a estudante.

Nesta assembleia, além dos pontos mencionados, os alunos também vão pedir a volta dos funcionários e que as faltas devido à greve sejam abonadas. “Queremos mudanças e temos que tomar algumas atitudes para que as nossas demandas possam ser atendidas”, conclui Maria.

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