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Projeto Mulheres Valentes insere vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho

Mulheres vítimas de violência e que são assistidas pelo Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM) encontram no projeto Mulheres Valentes a chance de recuperar a independência financeira e de suas vidas. Elaborado pelo CRAM em fevereiro deste ano, em uma parceria com a Associação da Rua Teresa (ARTE), tem como objetivo principal gerar renda e emprego para as usuárias do sistema municipal, preparando-as para o mercado de trabalho e promovendo desenvolvimento social e econômico. Também possui o viés de combater a exclusão presente na história que envolve a questão da violência doméstica.

O projeto conta ainda com a parceria da Universidade Estácio de Sá, Fórum da Economia Solidária, além do apoio da Comissão de Bem Estar da OAB, além da mencionada com a ARTE. O prefeito Bernardo Rossi conheceu o projeto e falou sobre a importância de ações como essa durante a entrega do veículo utilitário direcionado ao CRAM que atenderá mulheres em risco social.

“Muitas mulheres atendidas pelo CRAM precisam se transformar em chefes de família, são obrigadas a cuidar dos filhos sozinhas. Muitas nunca tiveram oportunidade de estudar e nem ser inseridas no mercado formal. O projeto dará subsidio para que essas pessoas transformem sua realidade”, destaca o prefeito.

O projeto segue quatro linhas de ação. A primeira etapa, que está em andamento, consiste em uma capacitação para preparar a decoração da Rua Teresa para o Dia das Mães, com oficinas de capacitação voltadas a grandes eventos. A parceria com a Estácio, em uma segunda ação, permitirá a essas mulheres aprenderem a trabalhar com decoração de vitrines. Dentro do escopo da Economia Solidária e como terceira etapa do projeto, as assistidas pelo CRAM aprenderão a montar ecobags, para que possam vender dentro dos espaços dedicados a esse grupo.

Outro objeto que está sendo fomentado pelo projeto Mulheres Valentes é um convênio com o Sebrae, Senai e Senac, para oferecer cursos de capacitação em várias áreas, dentro da programação para uma quarta linha de atuação.

“O CRAM entende que a mulher que tem sua renda própria está livre para decidir os rumos de sua vida. Mas ser independente é muito mais do que receber um salário, é ter a dignidade da autossuficiência. A mulher, apropriada deste expediente, pode participar da vida comum, ser capaz construí-la, ser menos insegura no seu dia a dia. Uma atividade ocupacional constitui, portanto, uma fonte de equilíbrio”, explica Raquel Vieira, coordenadora do CRAM.

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