Durante fiscalização de 393 ônibus da frota municipal de Petrópolis, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) fez 321 exigências por problemas identificados em 292 veículos de um total de 393 coletivos. As cinco empresas que detém a concessão de transporte público receberam, ainda, 51 notificações por problemas que podem comprometer a segurança dos usuários. Desde janeiro, a Companhia já emitiu 529 notificações às empresas.
“Nosso compromisso é com o cidadão, que precisa ter um transporte público adequado. Com o controle rigoroso das empresas vamos garantir essa qualidade. Não vamos aceitar nada menos que uma frota que atenda com excelência aos mais de 100 mil usuários de transporte público”, destacou o diretor-presidente da CPTrans, Maurinho Branco.
Na viação Cascatinha, 42 avarias foram encontradas nos 48 carros da empresa, ou seja, 87,5% da frota precisará passar por 44 melhorias. A empresa também recebeu nove notificações. A Turb precisará realizar melhorias em 87,1% de sua frota, que tem 109 carros, dos quais em 95 foram constatados problemas, gerando 91 exigências e 17 notificações.
A Petro Ita apresentou problemas em 97 dos 119 carros que compõem a frota, ou seja, 81,52%. Ela deverá atender a 98 exigências e responder a 16 notificações. A fiscalização identificou que dos 35 carros da Cidade das Hortênsias, 23 carros, apresentavam problemas – 65,72% do total de veículos. Por conta disso a empresa deverá atender a 23 exigências.
Na empresa Expresso problemas foram encontrados em 35 dos 82 carros, e 65 exigências deverão ser cumpridas. A empresa recebeu cinco notificações.
A primeira empresa a ser fiscalizada foi a Cascatinha, no último dia 15. Nos dias 17 e 18 a fiscalização foi concentrada em veículos da Petro Ita. Já no dia 22 foi a Cidade das Hortênsias, seguida pela Turb nos dias 23 e 24 e pela Expresso, no dia 25.
As notificações foram enviadas às empresas na última sexta-feira (26). A exigências deverão ser cumpridas em uma semana. Nos casos de veículos emplacados em outro município o prazo é de 30 dias. Após este período, se as empresas não cumprirem com o que foi determinado, poderão receber multa a cada uma das alterações não realizadas e, em casos reincidentes a multa aplicada dobra progressivamente.
Durante a fiscalização, os técnicos da Companhia encontraram problemas de limpeza, bancos rasgados, lanternas queimadas, extintores de incêndio com defeito, falta de adesivos de lotação, propagandas tampando a numeração da linha, bancos soltos, falta de braço de apoio para cadeirantes, luz de freio danificada, teto com avarias, entre outros.
Em nota, o Setranspetro disse que a fiscalização realizada nas empresas de ônibus por parte da CPTrans “demonstra a transparência e a regularidade das relações entre o Órgão Público Gestor e o Sistema de Transporte Urbano Municipal.”
O órgão informou ainda que “o trabalho contínuo e a fiscalização fazem parte da rotina e contribuem para a melhoria dos serviços prestados. Porém, sobre os apontamentos, o Setranspetro informa que as empresas ainda estão recebendo as exigências e notificações e defende que o critério de vistoria precisa ser revisto, já que a grande maioria dos problemas apresentados e citados pela própria CPTrans estão relacionados aos atos de vandalismo e à problemas com comunicação visual, aproximadamente 80% das notificações, e não correspondem a questões ligadas à segurança dos passageiros e dos rodoviários. Todos os problemas apresentados serão resolvidos, inclusive por já fazerem parte do planejamento de manutenção das empresas operadoras. Por fim, destaca que os apontamentos realizados pela vistoria não interferem na eficiência do sistema de transporte urbano, que de acordo com o Sistema de Monitoramento por GPS, realiza mais de 97% de todas as viagens previstas e divulgadas a população em um único mês. Os problemas que ocorrem, em geral, são provocados pela falta de qualidade viária, com ruas com péssimo estado de pavimentação e excesso de quebra-molas, por exemplo. Os problemas provocados por estacionamentos irregulares, pela falta de mobilidade e de fluidez no trânsito da cidade também interferem muito para o atraso e a perda de viagens.”
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