Considerado um dos precursores e principais representantes do Expressionismo, o holandês Van Gogh foi a inspiração para 10 intervenções criadas em miniatura pelo artista D. Serra que estão em cartaz no Centro de Cultura Raul de Leoni. Elas fazem parte da mostra Terceira Etapa, Caminhos, na Galeria Van Dijk, que reúne também outros 17 trabalhos do próprio artista maranhense radicado em Petrópolis.
Apreciador do pintor holandês, foi essa admiração por suas obras que fez com que D. Serra recriasse, em miniaturas, algumas das obras de Van Gogh.
“Sempre fui admirador dele e na impossibilidade de adquirir alguma obra – por sua importância e valor – cismei de fazer as obras em miniatura. A primeira que fiz foi A Cadeira e o cachimbo (La chaise et La pipe), que foi parar no Rank Brasil – O Livro dos Recordes Brasileiros como a menor réplica de uma miniatura de Van Gogh”, conta o artista, que também cria suas próprias telas sem qualquer apego à técnica, escolas ou tema específico.
“Procuro me ater às dores do mundo. Contemplo tudo o que vejo, tiro minhas próprias conclusões e retrato isso nas obras. É o meu caminho na multidão. Não me prendo a escolas. Uso a arte como forma de denunciar os absurdos do mundo”, explicou D. Serra que já reúne no acervo mais de 100 telas, grande parte exposta ao público em mais de 30 exposições, a maioria individual.
Nesta exposição, o artista celebra uma nova fase após um acidente que o deixou por 11 dias em coma; seguida de uma trombose que o manteve 10 dias internado e ainda uma operação de tireoide. “É a terceira etapa da minha vida, do meu caminho após tudo isso que vivi. Por isso esse título”, comentou o maranhense que na mostra ainda conta com trabalhos de artistas convidados.
“Sempre procuro convidar um artista da cidade em toda exposição que faço. Nessa tem obra da Mary Mariana, que é uma maneira de mostrar outros talentos”, disse.
A mostra Terceira Etapa, Caminhos pode ser visitada de segunda a sexta-feira, de 10h às 17h, na Galeria Van Dijk, que fica no Centro de Cultura Raul de Leoni. Os trabalhos ficarão em cartaz, com entrada franca, até 25 de agosto.
