No dia 15 de agosto de 1942 nascia o coro de meninos mais antigo do Brasil. Fruto de um sonho de Frei Leto, ele se tornou realidade quando o Coral dos Canarinhos se apresentou pela primeira vez na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ficou marcado nesse dia o início de uma belíssima trajetória dedicada à música erudita e cercada de amor, dedicação, tradição e orgulho. Comemorando seus 75 anos, o Coral lembra com carinho todos que estamparam e estampam no peito o símbolo do coro.
Para o maestro Marco Aurélio Lischt, é uma honra fazer parte da história do coro. “Destes 75 anos de história dos Canarinhos de Petrópolis, 41 anos fazem parte da minha vida. Fico muito honrado e orgulhoso por hoje estar à frente deste grupo por onde passaram tantas gerações de cantores. É gratificante poder, por intermédio da música, levar a cultura para as vidas destes jovens”, comentou.
Consagrado como um dos patrimônios culturais da cidade e sendo o mais antigo e tradicional grupo vocal, os meninos são sinônimo de qualidade, técnica e encantamento durante suas apresentações. O Coral dos Canarinhos, que faz parte do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis (IMCP), levou para muitas crianças e adolescentes a oportunidade de contar com um ensino musical exemplar e inteiramente gratuito.
Para o Canarinho Miguel Peclat, de 17 anos, que está no seu último ano no coro, ser coralista não é apenas cantar, mas vivenciar novas experiências. “Estar no Coral dos Canarinhos é um motivo de orgulho para mim. Poder passar por dificuldades, saber superá-las, celebrar cada amizade construída e através dos intercâmbios culturais ter experiências únicas ajudou a me tornar a pessoa que sou hoje. Ao IMCP só tenho a agradecer por tudo”, contou.
Entre decisões a serem tomadas e momentos novos a viver, os pais desejam que o que foi aprendido seja levado para a vida. “Participar do coro foi determinante para o Miguel. Vejo meu filho seguro de suas escolhas e com valores bem construídos, tudo adquirido nesses oito anos de coral. Sei que terá um olhar aberto para o mundo, com espírito de equipe e em busca de seu aperfeiçoamento. Mas tudo isso com uma saudade enorme desse período intenso de sua vida”, disse Margareth Peclat, mãe de Miguel.
“O nosso Brasil precisa cada vez mais proporcionar às crianças a boa educação e a boa cultura. Queremos formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres. Eu espero que os meninos levem para vida o senso do trabalho em equipe e solidariedade. Cantar em coro é ajudar o outro e, quando necessário, poder também se apoiar nele. Uma vez canarinho, sempre canarinho!”, declarou Lischt.