Cidade

Chuva desta segunda causa rompimento da rede de água pluvial na Monsenhor Bacelar

Galerias antigas de pequeno calibre, asfaltamento em muitos pontos e grande concentração de chuva em um período curto de tempo são os responsáveis pelos alagamentos em ruas centrais da cidade registrados nesta segunda-feira (22).  A desobstrução das galerias, trabalho sendo feito desde o ano passado, minimizou os alagamentos, mas não é impeditivo para evitá-los totalmente. A quantidade de chuva concentrada em um só local ocasionou os alagamentos ocorridos nas ruas Ipiranga, Benjamim Constant, Caldas Viana e Montecaseros, assim como o rompimento da rede de água pluvial na Monsenhor Bacelar.

A chuva desta última segunda-feira (22) caiu com maior intensidade no Centro. Na Rua 24 de Maio, por exemplo, foi registrado o índice pluviométrico mais alto da cidade e em apenas em uma hora:  71 milímetros entre 16h e 17h. Este é o pluviômetro mais próximo do Centro. No Dr. Thouzet, no Quitandinha, a quantidade de chuva foi a metade: 36 milímetros no mesmo período.

Na Rua Caldas Viana e arredores também houve alagamentos, com água em grande velocidade de locais mais altos como as ruas Buenos Aires e Santos Dumont e ainda até do início do Caxambu.

“O solo fica impermeável com a chuva e hoje temos praticamente todas as ruas asfaltadas. Aliado a isso uma rede de águas pluviais que não comporta em muitos trechos o volume de chuva gerado em pouco tempo”, enumera o secretário de Obras, Ronaldo Medeiros, apontando ainda que as operações Rio Limpo já retiram 3.750 toneladas do Rio Piabanha e de limpeza de bueiros já ocorreram 395 vezes em toda cidade.

Na Monsenhor Bacelar, outros fatores foram responsáveis pelo problema, que abriu um buraco em uma das faixas. A rede, muita antiga – por onde passa escoamento das regiões mais altas do entorno, como o Valparaíso – , foi construída em uma época com adensamento populacional menor do que hoje em dia. Aliado a isso, o estado precário do asfalto atrapalha a impermeabilização das manilhas.

“Com a pressão da água desta segunda, a rede não aguentou e acabou rompendo. De forma imediata, a equipe de manutenção viária está trocando as manilhas, serviço que será finalizado ainda nesta terça (23) e vai liberar as duas faixas da Monsenhor Bacelar normalmente. Mas além disso, será feita uma obra maior, para reformar toda pavimentação e sistema de drenagem da rua”, completa Ronaldo Medeiros.

A obra será realizada com a verba de uma emenda de R$ 740 mil conquistada pelo município e que já foi liberada pelo Ministério das Cidades. Enquanto isso, quatro homens e uma retroescavadeira foram deslocados pela equipe de manutenção viária para o reparo imediato da Monsenhor Bacelar. No passado, a manutenção da rede águas pluviais ocorreu 748 vezes em mais de 220 locais.

Plano Verão: limpeza de rios e de bueiros continua

A chuva também acaba arrastando areia, terra, folhagem e outros sedimentos para o leito dos rios e para bueiros. A limpeza tanto de um quanto de outro, ações que integram o Plano Verão do município, continuam.

De novembro até aqui, já foram removidas 3.750 toneladas de sedimentos do Rio Piabanha em diferentes pontos no Centro, Mosela e Corrêas. O programa “Rio Limpo” terá sequência agora por Nogueira. A Secretaria de Obras realiza o serviço ao lado de Comdep, Secretaria de Meio Ambiente e Águas do Imperador – com autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A equipe de manutenção viária também faz constantemente a retirada de detritos que acabam obstruindo os bueiros. Em 2017, a limpeza de bueiros, ralos, canaletas e boca de lobo foi realizada 395 vezes em mais de 230 locais. Nos primeiros dias deste ano, o trabalho aconteceu nas ruas Olavo Bilac, Augusto Severo, Bingen, 7 de Abril, João de Farias,Luiz Pelegrini, Gastão Framback, Estrada do Carangola, Manoel Francisco de Paiva, Felipe Blat, Amaral Peixoto, Imperador, Hermínio José da Silva e Estrada Mineira, por exemplo. Nesta terça, o serviço foi realizado na Montecaseros, Alfredo Pachá e Av. Koeler. Não havia lixo nos bueiros dessas duas ruas e, sim, muita terra e folhagem.

“Esse serviço é feito praticamente todo dia, com exceção de quando chove. O trabalho conta com uma máquina que suga o lixo e tira os detritos do caminho da água”, explica Ronaldo Medeiros.

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