Projetos Sociais

Família Acolhedora de Petrópolis: casais acolhem crianças e adolescentes em risco social por dois anos

Um casal, que forma a primeira Família Acolhedora do município, está recebendo em sua casa um bebê de um ano e um mês, em risco social. Pais de quatro filhos, o casal não pode ter a identidade divulgada por questões de privacidade, mas abriu o coração para contar como tem sido a experiência de cuidar de um bebê de um ano e um mês.

“Tivemos a possibilidade de conhecer mais do Família Acolhedora durante uma reunião na igreja evangélica que frequentamos. Nos apaixonamos pela ideia, mas perguntamos: e no fim? Quando terminar nosso período de acolhimento, como lidaremos com a situação de ter que nos afastar? Percebemos que não há mais espaço para egoísmo e o amor pelo próximo deve ser maior. Estamos há três meses como o bebê e tem sido renovador para todos nós. Agradeço e parabenizo, também, a equipe da Assistência Social pelo apoio e aos profissionais do Hospital Alcides Carneiro pelo belo e carinhoso atendimento com o qual sempre nos recebem”, disse o pai acolhedor, de 43 anos.

A família passou pela capacitação, que incluiu contato com pessoas que participaram do Serviço em outras cidades. O casal conta com o apoio dos filhos nos cuidados do bebê acolhido, que tem alguns problemas de saúde e necessita de atenção especial.

“Temos quatro filhos, entre 11 e 17 anos. Tem sido um grande aprendizado para todos nós. Trabalhar todos esses cuidados pelo desenvolvimento do bebê nos permite um crescimento sem tamanho. Cada detalhe no cuidado diário, por uma melhor saúde, cada passo dado pelo desenvolvimento é uma vitória muito grande para toda a família. Estamos muito felizes”, completou emocionado o pai acolhedor.

Outras 7 famílias já estão capacitadas pela Assistência Social e aptas a receber crianças e adolescentes de até 18 anos em suas casas. O programa Família Acolhedora tem o objetivo de reintegrar crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e negligência dentro do convívio familiar. As famílias acolhedoras recebem as crianças e adolescentes pelo período de dois anos. As famílias biológicas, neste período, recebem apoio para se reestruturar e ter de volta crianças e jovens.

A equipe do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora conta com seis profissionais, sendo a coordenadora, assistente social, psicóloga, estagiárias de serviço social e agente de apoio administrativo. O serviço, reestruturado pela Assistência, busca reintegrar crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e negligência dentro do convívio familiar.

Por intermédio do programa, crianças e jovens de até 18 anos são acolhidos em casas de famílias credenciadas e recebem atendimento psicológico e social, estendido à família que as acolhe, e também ao núcleo familiar biológico. Enquanto a criança está acolhida –  em abrigos ou no núcleo familiar temporário – o programa articula os serviços necessários para que a família de origem resolva a situação que motivou a medida protetiva.

“O Juizado da Infância e Juventude determina a medida protetiva e ela é executada. Caso não seja possível a reintegração da criança à família, ela é encaminhada para a adoção. São crianças e adolescentes que precisam de afeto, carinho e atenção, por conta disso, vamos intensificar a divulgação deste programa”, afirma a Assistente Social do Família Acolhedora, Graciele Vanzan.

Quem pode ser acolhedor?

Para se credenciar como Família Acolhedora, os interessados devem procurar os profissionais do serviço e agendar uma entrevista. É necessário ter disponibilidade de tempo e afeto para cuidar da criança, idade entre 24 e 65 anos, boa saúde e zelar pela saúde da criança, garantir a frequência em escola e não ter a intenção de adotar. Além disso, é preciso que o interessado não esteja respondendo a inquérito policial ou envolvido em processo judicial e ter residência fixa no município.

O município disponibiliza subsídio financeiro à Família Acolhedora, nos valores equivalentes a meio salário mínimo ou um salário mínimo nos casos em que a criança ou adolescente a ser acolhido seja pessoa com deficiência. Para mais informações, a Secretaria tem disponível o telefone (24) 2249-4319.

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