O Festival Sesc de Inverno começa na próxima sexta-feira (20), e embora 90% da programação seja gratuita e algumas atrações já estejam esgotadas, ainda há ingressos para os espetáculos “Memória e Kuarup, ou a questão do índio”, do Balé Stagium; o musical “Suassuna – o auto do reino do sol” e “A visita da velha senhora”, com Denise Fraga.
Além dos pontos de venda físicos, os ingresso podem ser adquiridos no site do Festival.
(Foto em destaque: Cacá Bernardes)
26 de julho | Suassuna – o auto do reino do sol – 21h
Com canções inéditas de Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, encenação de Luiz Carlos Vasconcelos e texto de Bráulio Tavares, o musical traz a Barca dos Corações Partidos no elenco e festeja uma série de prêmios e indicações. Um Circo-Teatro viaja pelo sertão, à procura da vila de Taperoá, para se apresentar numa festa em homenagem a Ariano Suassuna. É um momento de euforia para Sultana, a dona do circo, e os artistas Cabantõe, Chico de Rosa, Escaramuça, Mosquito, Poeta León, Tenha Medo e Tinha Graça. Sem conhecer a estrada, eles se perdem, e acabam se aproximando do vale chamado O Soturno, onde os retirantes da seca estão construindo um arraial para viver em paz. Aquela região é dominada por dois clãs inimigos e poderosos: a família da matriarca Eufrásia Fortunato, e a família do major Antonio Moraes, o vilão do “Romance da Pedra do Reino”. E o sertão está mais uma vez em pé de guerra porque Lucas Fortunato e Iracema Moraes se apaixonaram e resolveram fugir, desafiando o ódio entre as duas famílias e a balança do poder do sertão.

28 de julho | Memória e Kuarup ou a questão do índio – 21h
Kuarup ou a Questão do Índio teve sua estreia em 1977, num dos períodos mais obscuros da história política do Brasil. A obra é considerada um marco da dança por apontar uma política cultural para o país, rompendo amarras e limites entre arte, educação e consciência histórica. A coreografia foi apresentada em todo o território nacional, América Latina e Europa, que somam mais de 400 apresentações. As questões das sociedades indígenas inseridas no contexto atual tiveram retrocessos mais que significativos, tanto nas demarcações das terras como no detrimento de suas identidades. As leis recuam ao invés de se legitimarem. Remontar Kuarup nos seus 40 anos de existência extrapola as comemorações, torna-se fundamental para nos reconhecermos como território existencial.
Ao apresentar as duas obras num mesmo programa, o Ballet Stagium, com 46 anos de existência, coloca em evidência o seu constante trânsito entre tradição e ruptura, estabelecendo uma estética própria e uma linguagem que propõe refletir o Brasil em sua complexidade social, histórica e cultural.
29 de julho | A visita da velha senhora – 18h
Os cidadãos de Güllen, uma cidade arruinada, esperam ansiosos a chegada da milionária que prometeu salvá-los da falência. No jantar de boas-vindas, Claire Zachanassian impõe a condição: doará um bilhão à cidade se alguém matar Alfred Krank, o homem por quem foi apaixonada na juventude e que a abandonou grávida por um casamento de interesse. Ouve-se um clamor de indignação e todos rejeitam a absurda proposta. Claire, então, decide esperar, hospedando-se com seu séquito no hotel da cidade.
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