Nesta semana, a Coordenadoria Municipal de Políticas sobre Drogas deu início ao Programa de Atenção e Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que afeta bebês de mães que ingeriram álcool durante a gravidez. Um grupo de trabalho com psicólogos foi formado para discutir as ações preventivas com a ideia de levar a conscientização às mulheres atendidas nas unidades de Saúde do município semanalmente.
O município já conta com uma “Semana de Prevenção e Atenção da Síndrome Alcoólica Fetal”, que é celebrada em novembro e o projeto, que se tornou lei em 2009, foi feito pelo então vereador e atual prefeito, Bernardo Rossi, em parceria com o vereador Marcio Muniz (lei nº 6641/2009).
“Estamos empenhados em chamar a atenção para a prevenção ao uso de álcool durante a gravidez. A SAF pode comprometer a saúde do bebê, após a ingestão de álcool pela mãe durante a gestação. É com este objetivo que queremos promover ações que visem a conscientização e prevenção, alertando para os problemas e minimizando os danos”, destaca o prefeito Bernardo Rossi.
O álcool, quando consumido durante a gravidez, atravessa a proteção da placenta, diminuindo a quantidade de oxigênio do embrião e influenciando no desenvolvimento do cérebro da criança. A Síndrome Alcoólica Fetal é caracterizada por graves malformações no organismo do bebê, como microcefalia, retardo cognitivo (mental) e distúrbios de comportamento. Em casos mais leves, podem ser percebidos distúrbios cognitivos menos marcantes.
Petrópolis é um dos pioneiros em implementar ações de combate à SAF no país. O Seminário, realizado no dia 14 de setembro, contou com apoio da Associação SAF France, que promove a mobilização por vários países do mundo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, um em cada 100 bebês nascidos vivos no Brasil são diagnosticados com SAF. Em Petrópolis, cerca de 450 bebês são diagnosticados com a Síndrome por ano, em média, segundo a Coordenadoria Municipal de Políticas sobre Drogas.
“O objetivo é que qualquer mulher grávida em Petrópolis receba informações sobre os malefícios da ingestão de álcool durante a gravidez. Este programa será, em tempo, estendido a todas as unidades públicas e privadas que assistam às mulheres grávidas em nosso município. A ingestão de álcool na gravidez é totalmente desaconselhável por não haver dose segura. Qualquer dose pode interferir na fase de desenvolvimento e ter malformações físicas e mentais”, explicou a coordenadora Municipal de Políticas sobre Drogas, Leandra Iglesias.