Com a preocupação geral causada pela pandemia de Covid-19, as fake news acabam ganhando ainda mais força nas redes sociais, onde acabam surgindo vídeos e imagens com supostas “dicas” contra o coronavírus, “relatos”, “medidas do governo”, e por aí vai, atrapalhando ainda mais a disseminação de informações verdadeiras, divulgadas pelos órgãos oficias. Então, para que você não caia nessa e não ajude a compartilhar ainda mais essas “desinformações”, confira abaixo os principais rumores que circularam desde o início do surto da doença:
Chás imunológicos ajudam a prevenir o coronavírus?
Esse é um boato reaproveitado há pelo menos dez anos e até então, essa fake news se restringia ao vírus influenza, causador da gripe. No WhatsApp, o texto alega que um médico do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo recomenda tomar o chá de erva-doce para curar o coronavírus, porque a planta teria o mesmo princípio ativo do Tamiflu, um remédio usado contra casos de H1N1 e outros subtipos do influenza. PORÉM, tal composto não existe na erva-doce. Aliás, o Ministério da Saúde ressalta que nenhum chá é capaz de tratar o coronavírus ou a gripe.
E tomar uma superdose de vitamina D?
A Sociedade Brasileira de Infectologia publicou uma nota de repúdio ao conteúdo de um vídeo que estava sendo amplamente difundido em diversos grupos de WhatsApp, no qual, um indivíduo estava disseminando informações falsas envolvendo o nome da entidade. Jamais a Sociedade Brasileira de Infectologia publicou que “preconiza o reforço de imunidade como a única estratégia preventiva contra a infecção pelo coronavírus”, tampouco que “a imunomodulação usando vitamina D em dose alta e injetável”, já que não há evidências científicas que este procedimento previna contra a infecção pelo novo coronavírus.
Cães e gatos podem transmitir a doença?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, não há evidências de que animais domésticos podem ser via de transmissão do coronavírus, mas se recomenda sempre lavar as mãos após brincar com os pets.
Correspondências vindas da China correm o risco de transportar o vírus para outros locais?
Não. O vírus sobrevive no máximo 24 horas fora do corpo humano, por isso não é possível que ele seja levado para outros locais do mundo através de objetos e cartas.
Tigela de alho com água recém fervida cura o coronavírus?
O Ministério da Saúde informa que a mensagem é falsa e afirma que “até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir o Covid-19”.
Já a Organização Mundial da Saúde disse que o “alho é um alimento saudável, que pode ter algumas propriedades antimicrobianas. No entanto, não há evidência no surto atual de que comer alho tenho protegido as pessoas do coronavírus”.
Álcool em gel fabricado em casa tem a mesma eficácia que os industriais?
Além de não ter a eficiência comprovada, as fórmulas caseiras podem causar acidentes, irritação na pele e alergias. O Conselho Federal de Química (CFQ) informa que “quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, aumenta-se bastante o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. Além disso, a depender do que se utiliza como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação”.
Gargarejo com água morna e vinagre elimina o novo coronavírus?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, alguns remédios caseiros podem aliviar os sintomas, mas não existe um remédio comprovadamente eficaz para curar ou prevenir o Covid-19. O Ministério da Saúde também desmentiu que a temperatura da água possa influenciar no tratamento da doença. “A temperatura do corpo humano é de pelo menos 36º C, assim, beber água a uma temperatura de 26º ou 27º não traz benefício algum em relação à prevenção ou eliminação do Covid-19, uma vez que no corpo humano o vírus tolera temperatura de pelo menos 36º”.
Fontes: Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Estadão, G1, IstoÉ, saude.abril.com.br
Prevenção ao Coronavírus:
Usar máscaras de proteção;
Lavar as mãos com água e sabão com frequência e evitar levar as mãos aos olhos, nariz e boca;
Quando não for possível lavar as mãos, usar o álcool gel 70º para a higienização;
Não compartilhar objetos pessoais como toalha, copos, talheres, pratos e garrafas;
Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz.
Usar lenço descartável;
Evitar locais aglomerados e sem ventilação;
Evitar contato próximo com pessoas com sintomas da doença;
Fique em casa.