Saúde

Até o momento, Petrópolis contabiliza 83 respiradores distribuídos nas unidades de saúde públicas e privadas

Na manhã desta sexta-feira (17), o Hospital Municipal Dr. Nelson de Sá Earp (HMNSE) recebeu mais seis respiradores para a unidade que é o hospital referência para pacientes com sintomas da Covid-19. Os aparelhos, também chamados de ventiladores mecânicos, vão dar suporte ao tratamento nos leitos de UTI destacados pelo município para o atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus na cidade. A unidade, que já vinha trabalhando com 13 respiradores, a partir de hoje vai disponibilizar aos pacientes um total de 19.

Os respiradores foram alugados pela Secretaria de Saúde em uma empresa de equipamentos hospitalares da cidade de Juiz de Fora. O custo mensal dos aparelhos será de 17 mil reais. Além dos ventiladores, a Secretaria de Saúde aguarda, também, a chegada de mais seis monitores cardíacos e outro respirador. Todos também alugados pela prefeitura para ampliar a quantidade de leitos especializados e equipar os locais de atendimento aos pacientes graves da doença.

Até o momento, e diante de um cálculo base de quantidade, a cidade contabiliza 83 ventiladores mecânicos distribuídos nas unidades de saúde públicas e privadas. São, hoje, 37 no Hospital Nossa Senhora de Aparecida, antiga Casa da Providência, 7 no Hospital Santa Teresa, 10 no Hospital Clínico de Corrêas (HCC), 19 no HMNSE e 10 no SMH.

“Queremos chegar num total de 100 respiradores. Em caso de necessidade vamos recorrer a outras unidades de saúde do município, mas continuamos com a esperança de que isso não seja necessário. Pedimos, de qualquer forma, para que a população evite ao máximo sair de casa”, finalizou o prefeito Bernardo Rossi.

Número de leitos

Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE) são 82 leitos específicos para o tratamento dos pacientes que tiverem diagnóstico positivo para o coronavírus. No local serão, ao todo, 69 leitos clínicos, 10 de UTI e 3 de unidade intermediária.

A prefeitura de Petrópolis fechou um convênio com o Hospital SMH, no bairro Valparaíso. Segundo o acordo, 20 leitos da unidade ficarão à disposição do município para casos confirmados de Covid-19. São 10 leitos clínicos e 10 de UTI. E em termo de compromisso assinado com o Hospital Santa Teresa (HST), o município garantiu sete leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atendimento de pacientes confirmados com a Covid-19.

No Hospital Nossa Senhora de Aparecida, no bairro Valparaíso, serão 37 unidades de UTI entregues ao município após o término as obras. Os leitos, considerados de retaguarda, serão habilitados junto ao Ministério da Saúde especificamente para atender pacientes contaminados pelo coronavírus e ficarão à disposição de pacientes no caso de superlotação do hospital de referência ao tratamento da doença na cidade, o HMNSE. A entrega deve ocorrer até o final deste mês.

Isolamento social é a melhor opção de combate à Covid-19*

*Informações da Agência Brasil

Em pronunciamento na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington (EUA), a diretora da Opas, Carissa Etienne, disse que a pandemia de covid-19 é grave e que os países das Américas precisam fazer tudo o que estiver ao alcance para mitigar o impacto da doença.

“Sem evidências robustas sobre tratamentos eficazes e sem vacina, o isolamento social e outras medidas preventivas agressivas seguem sendo nossa melhor opção para a população poder evitar as consequências mais sérias da pandemia de covid-19 em nossa região”, destacou.“Este momento exige liderança com compaixão e ousadia. Não será fácil e sabemos que estamos pedindo para que as pessoas se adaptem a uma situação extraordinária, que está impactando todas as nossas vidas. Quero ressaltar mais uma vez, essa pandemia é séria”, afirmou Etienne.

De acordo com a diretora do órgão, os países devem proteger seus profissionais da saúde como nunca antes. “Eles devem ser capacitados a se proteger da infecção e receber equipamentos de proteção individual para longo prazo. É nosso dever protegê-los, já que estarão à frente nessa batalha. Este vírus não foi detido nem será detido por fronteiras desenhadas em mapas”.

Carissa Etienne afirmou ainda que compete a cada país decidir quais são as medidas a serem tomadas, para quem e durante quanto tempo. “Pode ser o cancelamento de reuniões massivas, de negócios e escolas, de trabalhadores domésticos, medidas de isolamento obrigatórias ou voluntárias. Essas medidas podem parecer drásticas, mas são a única maneira de poder impedir que os hospitais estejam sobrecarregados com muitas pessoas doentes num período de tempo muito curto. As medidas devem ser implementadas o quanto antes”, ressaltou.

Ela defendeu ainda que é prudente que os países planifiquem medidas para os próximos dois ou três meses. “A única maneira de sair dessa situação será se todos fizermos nossa parte. Cada um fazendo a sua enquanto apoiamos os outros. Os países devem trabalhar juntos, compartilhar recursos e conhecimentos e tomar decisões conjuntas que acelerem o acesso a serviços de saúde, além de promover inovação e investigação, e aumentar a nossa capacidade de poder enfrentar essa pandemia”, disse Etienne.

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