Na tarde desta quarta-feira (6), a Prefeitura de Petrópolis confirmou o óbito do primeiro profissional de saúde vítima da Covid-19 no município. O paciente de 46 anos, morador de Nogueira que atuava no Posto de Saúde da Família do distrito de Pedro do Rio, estava internado desde o início de abril, no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE) e faleceu na madrugada de hoje.
O segundo óbito confirmado em menos de 24h pela Secretaria de Saúde é de um senhor de 68 anos, morador de Itaipava. Segundo a equipe médica responsável pelo atendimento, ele deu entrada numa unidade de saúde particular no dia 30 de março e também faleceu na madrugada desta quarta-feira (6). A Secretaria de Saúde não foi notificada se os pacientes eram portadores de doenças pré existentes.
De acordo com o boletim epidemiológico desta quarta (6), dos 626 casos testados na cidade, 186 foram confirmados, 189 descartados, 251 estão em análise, 69 estão internados (41 em UTI e 28 em leitos clínicos) e há 13 óbitos confirmados. Ainda segundo a última atualização, 21 óbitos estão aguardando confirmação dos exames de laboratório e 71 pacientes já estão recuperados da doença. Esse número se refere às pessoas que estiveram internadas nas unidades hospitalares da cidade ou que se mantiveram em isolamento domiciliar e que, hoje, não apresentam mais os principais sintomas da doença.
Em transmissão ao vivo, realizada hoje pelo prefeito Bernardo Rossi, foi anunciado o projeto “UPA Vermelha”. O local, que vem sendo idealizado para o caso de um crescimento demasiado no número de casos de Covid-19 na cidade, servirá temporariamente de ponto de atendimento específico para pacientes infectados pelo Coronavírus na própria UPA Cascatinha. Ao todo, 25 leitos de UTI poderão atender os casos urgentes no município. Segundo o prefeito, a cidade continua dependendo do comprometimento da população para que uma possível reabertura do comércio possa ocorrer.
“Já temos o projeto em mãos e vamos dar andamento se nossos números subirem em excesso na cidade. Esperamos não ser necessário. Continuo pedindo para que a população permaneça em isolamento social para que não ajudem a disseminar a doença”, finalizou o prefeito.
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Isolamento social é a melhor opção de combate à Covid-19*
*Informações da Agência Brasil
Em pronunciamento na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington (EUA), a diretora da Opas, Carissa Etienne, disse que a pandemia de covid-19 é grave e que os países das Américas precisam fazer tudo o que estiver ao alcance para mitigar o impacto da doença.
“Sem evidências robustas sobre tratamentos eficazes e sem vacina, o isolamento social e outras medidas preventivas agressivas seguem sendo nossa melhor opção para a população poder evitar as consequências mais sérias da pandemia de covid-19 em nossa região”, destacou.“Este momento exige liderança com compaixão e ousadia. Não será fácil e sabemos que estamos pedindo para que as pessoas se adaptem a uma situação extraordinária, que está impactando todas as nossas vidas. Quero ressaltar mais uma vez, essa pandemia é séria”, afirmou Etienne.
De acordo com a diretora do órgão, os países devem proteger seus profissionais da saúde como nunca antes. “Eles devem ser capacitados a se proteger da infecção e receber equipamentos de proteção individual para longo prazo. É nosso dever protegê-los, já que estarão à frente nessa batalha. Este vírus não foi detido nem será detido por fronteiras desenhadas em mapas”.
Carissa Etienne afirmou ainda que compete a cada país decidir quais são as medidas a serem tomadas, para quem e durante quanto tempo. “Pode ser o cancelamento de reuniões massivas, de negócios e escolas, de trabalhadores domésticos, medidas de isolamento obrigatórias ou voluntárias. Essas medidas podem parecer drásticas, mas são a única maneira de poder impedir que os hospitais estejam sobrecarregados com muitas pessoas doentes num período de tempo muito curto. As medidas devem ser implementadas o quanto antes”, ressaltou.
Ela defendeu ainda que é prudente que os países planifiquem medidas para os próximos dois ou três meses. “A única maneira de sair dessa situação será se todos fizermos nossa parte. Cada um fazendo a sua enquanto apoiamos os outros. Os países devem trabalhar juntos, compartilhar recursos e conhecimentos e tomar decisões conjuntas que acelerem o acesso a serviços de saúde, além de promover inovação e investigação, e aumentar a nossa capacidade de poder enfrentar essa pandemia”, disse Etienne.
Anvisa orienta sobre máscaras faciais e medidas preventivas
*Matéria atualizada às 18h13