Cidade

Gabinete de Crise estuda novas medidas para aumentar o isolamento social

Durante uma reunião na manhã desta sexta-feira (08.05) o Gabinete de Crise para o combate ao coronavírus, liderado pelo prefeito Bernardo Rossi, esteve reunido para deliberar novas medidas restritivas. O objetivo é aumentar o isolamento social e achatar a curva de casos, que vem aumentando cada vez mais na cidade.

De acordo com o prefeito Bernardo Rossi, a adoção do sistema de lockdown não é a opção para o momento. Mas ele pondera que “se a população continuar desrespeitando e ignorando as normas estabelecidas pelos decretos, e o sistema de saúde se aproximar de um quadro de colapso, fato que não está longe de acontecer, seremos obrigados a tomar medidas mais drásticas para conter a proliferação do vírus na cidade”, aponta.

Outra medida que foi avaliada pelos membros do gabinete é o aumento das barreiras físicas na entrada da cidade, em locais como Mosela e no Catobira, além da instalação de mais um corredor sanitário na entrada da BR-495, que dá acesso ao município de Teresópolis. O prefeito Bernardo Rossi solicitou ao governo estadual o apoio irrestrito da Polícia Militar e Civil para auxiliar as equipes nas barreiras sanitárias.

Rossi também quer desaglomerar a Rua Paulo Barbosa e solicitou que a área técnica da CPTrans faça modificações dos pontos de ônibus do local. Uma parte dos pontos da empresa Petroita foi deslocado para o lado par da Rua do Imperador. Outras alterações também estão sendo estudadas, para que apenas os ônibus que atendem as linhas 600 e 700 sejam mantidas na via.

“A aglomeração nessa localidade está completamente fora de cogitação. Tomamos a medida de marcar e controlar a fila da Caixa, e temos que acabar com essa situação na Rua Paulo Barbosa”, atesta o prefeito.

Outro tema abordado foi o plano de abertura gradual do comércio. O prefeito Bernardo Rossi disse que “vai chamar todos os segmentos que foram afetados pelas restrições sociais, como comércio em geral, para podermos apresentar o planejamento construído pelo governo municipal com foco na recuperação econômica. Mas toda ação será sempre feita em consonância com os técnicos de saúde, que estão norteando as ações. Não podemos simplesmente abrir tudo sem termos leitos médicos suficientes e o aumento do contágio na cidade”, ressalta o prefeito.

Segundo a avaliação dos médicos e diretores dos principais hospitais da cidade, Petrópolis pode seguir o mesmo caminho do colapso na saúde como unidades de municípios vizinhos caso haja um relaxamento nas medidas vigentes. De acordo com o Diretor Executivo do Hospital SMH, Fernando Baena, a retirada dos decretos e reabertura do comércio antecipadamente poderia trazer caos à cidade. “Por favor, não abram. Nossa receita na unidade caiu 50% porque não estamos fazendo cirurgias, mas ainda prefiro sofrer agora a causar uma crise total do sistema de saúde da cidade, inclusive nos hospitais particulares”, afirmou o diretor.

No encontro, marcado pelo apelo médico em relação ao não relaxamento imediato das medidas decretadas na cidade, o crescimento dos números de pacientes infectados numa das principais unidades da cidade chamou a atenção.

“Em abril testamos cerca de 300 pacientes e tivemos um índice de 48% de pessoas infectadas. Em maio, até o momento, esse número já é de 82%, ou seja, a situação está piorando dia após dia. Precisamos que haja uma conscientização urgente por parte da população e precisamos que as medidas restritivas tenham continuidade na cidade. Tivemos queda de cerca de 20% na urgência da unidade e, por outro lado, crescimento expressivo dos casos de contaminação pelo Coronavírus. Até mesmo os hospitais particulares podem vir a sofrer com tudo isso”, afirmou o médico e Diretor Geral do Hospital Santa Teresa, Leonardo Menezes.

Bernardo Rossi solicitou a todos os membros do Gabinete de Crise que trabalhem com responsabilidade e criatividade, para que a crise instalada pelo coronavírus seja debelada de forma mais rápida, e conclamou a população a fazer o dever de casa.

“Peço, mais uma vez entre tantos apelos, que façam sua parte, ficando em casa todos aqueles que podem ficar. Quanto mais rápido achatarmos a curva de casos, mais rápido poderemos procurar algo próximo à normalidade. O governo municipal tem feito todos os esforços possíveis para combater esse vírus, que assolou toda sociedade”, finaliza.


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