Desde o início da pandemia da Covid-19, o Procon Petrópolis vem atuando em defesa dos consumidores, que tem enfrentado problemas com a prestação de serviços dos Correios. Além de protocolar mais de 500 reclamações de atrasos nas entregas – o que resultou em uma multa de mais de meio milhão de reais, o órgão de defesa do consumidor ainda autuou a empresa pública pela interrupção do serviço essencial nas agências de Corrêas, Itaipava e Posse e também pelo tempo de espera na agência Central na Rua do Imperador. O caso, que também vem sendo monitorado pelo Ministério Público Federal – MPF e que já foi comunicado à superintendência estadual dos Correios, agora também chegou à Brasília. Por intermédio do coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica, Dalmir Caetano, um pedido de regularização da prestação do Serviço foi entregue ao presidente nacional da instituição, em Brasília, nesta semana.
Segundo a coordenadora do órgão de defesa do consumidor municipal, Raquel Motta, o pedido encaminhado para o presidente nacional dos Correios, o general Floriano Peixoto Vieira Neto, é uma forma de dar um fim aos transtornos enfrentados na cidade, causados especialmente pela redução do quadro de funcionários.
“O que a gente identifica, até pelo relato dos gestores regionais, é a dificuldade em repor a capacidade de atendimento que a empresa pública tinha antes da pandemia, até por consequência do afastamento de funcionários dentro do grupo de risco. Os Correios chegaram a anunciar a contração de temporários, mas isso ainda não teve reflexo positivo na prestação de serviços. O objetivo do Procon é que o problema seja resolvido, para isso encaminhamos pedido à presidência dos Correios o ofício solicitando providências quanto a falha na prestação de serviços de entregas e na garantia das agências abertas com pessoal suficiente para atender a população”.
Em Brasília, o coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica de Petrópolis já protocolou o pedido e espera que, ciente do problema, a direção nacional dos Correios melhore a prestação do serviço. “Protocolizamos o ofício e precisamos de fato que a direção dos Correios acompanhe esse caso e tome as medidas que proporcionem o serviço que o cidadão merece. Não é admissível que unidades dos Correios fechem e deixem de prestar um serviço tão importante nesse momento da pandemia. Não só porque há uma resolução dos Correios que mantém a atividade essencial, mas porque não pode fazer com que o cidadão se desloque desnecessariamente quando se pede para que as pessoas fiquem em casa. As unidades precisam voltar a funcionar com eficiência, porque impacta até para comércio que tem usado a entrega como forma de manter as vendas”, destaca Dalmir Caetano.