Cidade

Sicomércio protocola pedido de retorno ao horário comercial praticado antes da pandemia

O setor de bens e serviços em Petrópolis vem reivindicando junto ao poder público que o horário de funcionamento do comércio na cidade retorne para o praticado antes da pandemia de Covid-19. As associações entendem que o poder executivo vem conduzindo de maneira adequada os cuidados para evitar a disseminação do vírus e, como consequência mantendo as taxas de ocupação de leitos, de clínica médica e UTI, estáveis nas últimas semanas. Para o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), isso mostra que a população vem seguindo os decretos e colaborando para que a normalidade volte ao município.

“Acompanhamos os números de casos registrados em nossa cidade diariamente e percebemos que a situação está controlada quando pensamos na resposta da prefeitura aos casos que inspiram cuidados nos hospitais. Isso nos deixa otimistas e mostra que a flexibilização do setor não influenciou a dinâmica de circulação do novo coronavírus. Mostra também, que a população está se adaptando a essa nova realidade e se cuidando mais”, observa Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio.

Em agosto foram protocolados três ofícios solicitando uma reavaliação do decreto que estipulou o horário de funcionamento do comércio na cidade. Atualmente, o Centro Histórico e ruas adjacentes tem autorização para funcionar entre 11h30 e 19h. A Rua Teresa e Rua Aureliano Coutinho podem abrir as lojas entre 9h30 e 17h30. O Sicomércio Petrópolis em conjunto com a Associação da Rua Teresa (ARTE) e representantes da Rua 16 de Março e, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) encaminharam os pedidos de retomada dos horários à prefeitura, mas nenhum dos documentos foi respondido.

“Desde o início da pandemia o setor vem se adaptando e contribuindo com as decisões do executivo. Somos o setor que mais tempo permaneceu fechado até o momento, e que mais sofreu perdas de vagas. Resistimos sem ajuda financeira e acreditamos que agora é o momento ideal para voltarmos a praticar o horário de antes da pandemia, pois há uma estabilidade nos números de casos na cidade”, reforça o pedido, Marcelo.

As entidades estão disponíveis para discutir com o secretariado municipal e com o prefeito Bernardo Rossi quais medidas poderão auxiliar o setor de bens de serviços na cidade. O atual horário de funcionamento dos estabelecimentos não atende às demandas da população e do empresariado. Após as 18h o movimento na cidade é pequeno e quem vem ao centro pela manhã para ir ao banco, por exemplo, não consegue aproveitar o tempo para resolver outras questões, pois o comércio está fechado. “Queremos expor essas dificuldades às autoridades locais”, completa Marcelo Fiorini.

Em nota, a prefeitura disse que “desde o início da pandemia, a prefeitura trabalha com o objetivo de salvar a vida dos petropolitanos. Aos poucos, e com responsabilidade, embasado nas notas técnicas da Secretaria de Saúde, o município iniciou um plano de flexibilização da economia com a liberação do funcionamento de alguns setores. No momento, permanecem valendo os decretos municipais que determinam os seguintes horários: ruas Teresa ou Aureliano Coutinho e adjacências podem funcionar de segunda a sábado das 9h30 às 17h30. No Centro Histórico (Rua do Imperador), de segunda até sábado das 11h30 às 19h. Os bancos, supermercados e farmácias podem funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. Também continuam valendo os decretos que não permitem aglomerações. Por isso, as atividades turísticas e os eventos na cidade ainda não estão liberados.”

De acordo com o boletim epidemiológico desta última quarta-feira (2/9), até o momento foram realizados 41.030 testes na cidade. Deste total, 34.880 resultaram negativo, 5.888 positivos e 262 estão em análise, entre PCR e testes rápidos. Há 102 pacientes internados na cidade (62 em UTI e 40 em leitos clínicos), podendo ser casos positivos ou ainda em investigação esperando o resultado do teste. E 174 óbitos. Até o momento são 1.430 pessoas recuperadas do coronavírus. Esse número se refere às pessoas que estiveram internadas nas unidades hospitalares da cidade ou que se mantiveram em isolamento domiciliar e que, hoje, não apresentam mais os principais sintomas da doença.

O município contabiliza pelo SUS 29,63% dos leitos clínicos e 42,11% de UTI ocupados com pacientes infectados com o novo coronavírus.

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