Hoje a maior tragédia da história de Petrópolis completa seis meses. A tempestade do dia 15 de fevereiro deixou 234 mortos, três pessoas desaparecidas e milhares de desabrigados. O cenário nos locais mais afetados, como o Morro da Oficina, no Alto da Serra, Vila Felipe e Chácara Flora ainda é o mesmo.
A prefeitura informou que no dia 29 de julho foi assinado o contrato para o início das obras na escola da Escola Municipal Vereador José Fernandes da Silva, e projetos de contenção na Rua Hercília Moretti, no Alto da Serra.
O município diz ainda que “as obras de contenção na região do Alto da Serra estão ainda em fase de projetos e captação de recursos por parte da Prefeitura junto ao Governo Federal e a Caixa Econômica Federal. O mesmo acontece na Vila Felipe, onde a Prefeitura está retirando os escombros, contando inclusive com caminhões da Comlurb. As obras na região também estão em fase de projetos e captação de recursos junto ao Governo Federal e a Caixa Econômica Federal. Na Chácara da Flora, o governo do Estado já anunciou que fará intervenções no local.”
Contudo, o pouco que foi feito foi a limpeza para a liberação de vias onde transitam carros. Muitas famílias cujas casas ainda resistem nestes locais vivem num cenário de guerra, aguardando providências do poder público e temendo a aproximação do período de chuvas que está cada vez mais próximo.
De acordo com moradores da Rua Oliveira Bulhões, em Cascatinha, as obras no local já foram paralisadas mais de uma vez e pouco foi feito. A rua continua interditada. As intervenções do local são de responsabilidade da Secid (Secretaria das Cidades do RJ), que até o momento não retornou nossas tentativas de contato.
O Governo do Estado também ficou responsável pela realização de obras como a do túnel extravasor, no Quissamã; BNH do Sargento Boening, Caxambu, e intervenções nas ruas Washington Luiz, Conde D’Eu, Pedro Ivo, Avenida Portugal (Batata Frita), 24 de Maio e Rua Teresa.
A obra do túnel extravasor finalmente teve início no final de julho, no Centro da cidade. Com um custo que ultrapassa os R$74 milhões, as ações incluem a recuperação inicial da tomada d’água, desassoreamento do rio Palatinato, no deságue do Extravasor e no rio Itamaraty, limpeza e desobstrução em toda extensão do túnel, ajuste da confluência do Extravasor com o rio Itamaraty, reforma e recuperação da estrutura e execução de galerias para o ordenamento da drenagem e esgotamento sanitário.
Além do túnel extravasor, o Governo do Estado informou que está reconstruindo os muros de contenção do Rio Quitandinha, na Avenida Washington Luiz, além de estar recuperando os muros de pedras remanescentes, a canalização, a pavimentação e o guarda-corpo entre as ruas Rocha Cardoso e Doutor Nelson Rocha de Sá Earp.
Ainda segundo informações da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras do Rio de Janeiro (Seinfra), a Getúlio Vargas, mais especificamente na Avenida Portugal, as intervenções estão no estágio de colocação de cortinas atirantadas. Na rua 24 de maio, cinco cortinas de contenção estão sendo fixadas. A Rua Nova, por sua vez, passa por intervenções que visam conter as rachaduras do solo. As ruas Teresa, Conde D’Eu e Pedro Ivo também estão recebendo melhorias que visam evitar novos desastres naturais.