Nesta quarta feira (22), o Cine Teatro Imperial inicia sua programação às 18h, com a exibição do acervo Cesar Nunes, uma das principais coleções particulares do Brasil. A entrada é gratuita e está sujeita à lotação.
No lançamento do evento, com direito à pipoca, serão apresentados filmes raros com imagens do Rio de Janeiro e Petrópolis, incluindo os filmes “Centenário de Petrópolis 1957” e “Uma Joia entre as Montanhas”, com narração de Cid Moreira.
O atual responsável pelo acervo, o pesquisador e projecionista Marcio Nunes, também irá realizar um bate-papo, após a sessão, contando sobre sua dedicação ao legado da família Nunes e a arte do cinema.
São previstas ainda parcerias com entidades do audiovisual como MAM, ARQUIVO NACIONAL e CTAV para a cessão de obras que possam ser apresentadas no Cine Teatro Imperial.
Todas as sessões do Cine Teatro Imperial serão acessíveis em Libras.
Com a recuperação da antiga cabine de projeção e da reativação das máquinas de projeção modelo ELTON IV, a exibição em 35mm, considerada pelos amantes da sétima arte a mais tradicional da história do audiovisual, poderá ser vista por meio de sessões gratuitas ao público, com distribuição de pipoca. Com suas características arquitetônicas preservadas, a sala cênica do Teatro Imperial tem uma estrutura própria para projeção de filmes, pois conta com algumas peculiaridades que realmente irão contribuir para uma experiência autêntica, se pensarmos na arte da transmissão em 35mm. Uma sala com a capacidade para 606 pessoas, acessível, com a acústica favorecida pelo formato em diamante da sala cênica e os assentos clássicos modelo CIMO, ícone do mobiliário moderno brasileiro, hoje totalmente restauradas, que foram projetadas especialmente para teatros, cinemas e auditórios das décadas de 1950 e 1960.
Durante algumas décadas o espaço funcionou como o antigo Cine Art Palácio, e depois, Cine Santa Cecília e Cine Teatro Santa Cecília. Ao saber da existência da cabine de projeção e dos equipamentos, até então trancados por mais de duas décadas, o gestor cultural Paulo Lopez e a atriz Sabrina Korgut, que também são responsáveis pela gestão do Teatro Imperial, perceberam que se tratava de algo realmente importante. A recuperação dessas máquinas significaria assumir um compromisso em relação à memória do cinema, promovendo um diálogo do passado com a atualidade, além do privilégio de se ter um teatro recém reformado e apto para funcionar também como sala de cinema.
Foram necessárias algumas benfeitorias para garantir a total funcionalidade das máquinas e, consequentemente, dessa arte quase extinta de transmissão. “Trata-se sim de memórias que precisam ser libertadas e ao mesmo tempo preservadas”, afirma Sabrina Korgut. A arte do cinema em 35mm tem mais de 120 anos de história e foi praticamente substituída pelo formato digital. “Recuperar essa forma de projeção é também proporcionar uma nova experiência ao público, além de apresentar para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer esse tipo de transmissão a exibição de imagens ao modo clássico e convencional”, destaca Paulo Lopez.
O projeto é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Paulo Gustavo – Apoio aos Espaços do Audiovisual.
Já a programação de teatro e musicais pode ser conferida neste link.