Nesta última quarta-feira (29), membros da equipe e diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis (Sind. Rodoviários) e representantes da empresa Cascatinha discutiram o futuro dos trabalhadores após o recente impedimento da empresa de operar no transporte público de passageiros de Petrópolis.
A medida foi determinada por um decreto do prefeito Rubens Bomtempo no início deste mês, “devido à inviabilidade de operação da empresa”, segundo o município. De janeiro a abril, a CPTrans emitiu 78 autos de infração, 34 exigências e oito notificações contra a empresa.
Desde o dia 16 deste mês, as linhas da Viação Cascatinha estão sendo operadas pela Turp (Retiro, Roseiral e regiões próximas) e Cidade das Hortênsias (Estrada da Saudade).
Durante o encontro, ficou acordado que a empresa Petro Ita assumirá 80% dos funcionários da Cascatinha. Esta decisão visa minimizar os impactos da interrupção das operações da Cascatinha e garantir a continuidade do emprego para a maioria dos trabalhadores.
“Estamos comprometidos em assegurar que a transição ocorra da maneira mais suave possível para os trabalhadores rodoviários. A declaração da Petro Ita é um passo crucial para garantir que esses profissionais não fiquem desamparados”, afirmou Glauco da Costa, presidente do Sind. Rodoviários.
De acordo com informações da prefeitura, 12 rodoviários que trabalhavam na viação Cascatinha – 9 motoristas e 3 auxiliares – já foram contratados pelas demais empresas do sistema de transporte público de Petrópolis. A contratação foi garantida após a Prefeitura abrir a Mesa Permanente de Negociação para Realocação de Recursos Humanos.
O grupo reúne CPTrans, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Petrópolis, além das empresas Turp, Cidade das Hortênsias e Cidade Real.
A mesa é parte integrante da primeira fase da reestruturação do transporte público determinada pelo prefeito Rubens Bomtempo, que proibiu a viação Cascatinha de operar, em função dos riscos que a empresa oferecia aos usuários. “Nosso objetivo é garantir que os rodoviários tenham seus direitos garantidos e que mantenham os empregos, com condições dignas de trabalho. Não vamos medir esforços para buscar soluções em conjunto, com muito diálogo”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
Para os demais trabalhadores que não serão absorvidos pela Petro Ita, o Sind. Rodoviários informou que está oferecendo suporte na elaboração de currículos e encaminhamento para outras empresas em operação na cidade. Além disso, foi enviado um ofício à Prefeitura de Petrópolis e à Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) solicitando uma reunião emergencial e apoio na realocação desses profissionais.
“A colaboração entre as empresas de transporte, o sindicato e as autoridades municipais é fundamental para garantir que todos os trabalhadores afetados possam encontrar novas oportunidades de emprego. Nosso objetivo é garantir que nenhum trabalhador fique para trás durante este período de transição”, acrescentou o presidente do sindicato.
A decisão de interromper as operações da Cascatinha foi recebida com preocupação pelos trabalhadores, mas o apoio contínuo do sindicato e a cooperação da Petro Ita oferecem uma luz no fim do túnel para muitos desses profissionais.
“Essa reunião marca um importante passo na busca por soluções para os desafios enfrentados pelos rodoviários de Petrópolis, reafirmando o compromisso de todas as partes envolvidas em proteger os empregos e garantir a continuidade dos serviços de transporte na cidade”, ponderou Glauco.
Ainda sobre a questão dos empregos dos trabalhadores rodoviários na cidade, o Sind. Rodoviários informa ainda que “está ciente de boatos que vem circulando nas mídias sociais sobre a possibilidade da empresa Petro Ita ser impedida de operar, por meio de decreto, assim como ocorreu com a empresa Cascatinha. Diante da questão a diretoria do sindicato já está avaliando juntamente com o Setor Jurídico da instituição que ações legais podem ser tomadas, já ventilasse a ideia de acionar o Ministério Público (MP) e o Ministério do Trabalho para assegurar a empregabilidade do setor.”