Neste mês, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou a capacitação para um dos métodos contraceptivos mais modernos: o Implanon, um implante subdérmico de etonogestrel, será disponibilizado gratuitamente ainda neste mês de fevereiro a adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Inicialmente, o Implanon estará disponível no Centro de Saúde Coletiva e na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Itaipava, como parte do programa de planejamento familiar da Secretaria de Saúde.
O programa visa ampliar as possibilidades de planejamento familiar e promover mais autonomia para as mulheres. Na última década, Petrópolis registrou uma redução de 57,66% de adolescentes grávidas. Os números caíram de 600 (2014) para 254 (2023).
O Implanon é um bastonete flexível de 4 cm, inserido sob a pele do braço, que libera hormônio de forma contínua, prevenindo a ovulação e dificultando a entrada dos espermatozoides. Com uma taxa de falha de apenas 0,05%, o método tem alta eficácia e pode ser interrompido a qualquer momento, tornando-o uma opção segura e reversível para as mulheres.
A Secretaria de Saúde já recebeu uma remessa do contraceptivo, e os implantes começam a ser disponibilizados ainda na primeira quinzena de fevereiro. As equipes de saúde passam por capacitação especializada para garantir a correta aplicação do Implanon.
Critérios para a Aplicação do Implanon
O projeto, que integra o planejamento familiar, é fruto de uma iniciativa da Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente. Os critérios para a aplicação do Implanon são os seguintes:
Mulheres em risco social:
• Situação de rua e dependentes de substâncias psicoativas.
• Outros tipos de risco social, que deverão ser discutidos com as Áreas Técnicas de Saúde, como violência, mulheres que vivem com HIV, situação de extrema vulnerabilidade social, mulheres com transtornos mentais graves e severos (que fazem acompanhamento na saúde mental, comprovadamente), contraindicação absoluta a outros métodos contraceptivos, entre outros.
Adolescentes com idade entre 14 e 17 anos, 11 meses e 29 dias, em situação de alta vulnerabilidade
• Mulheres que realizaram a inserção e necessitam da troca, em qualquer faixa etária, mantendo o desejo pelo método e sem contraindicação.