Pelo segundo ano consecutivo, o professor Marcos Santos está entre os 2% dos pesquisadores mais influentes do mundo, segundo um ranking realizado pela Universidade de Stanford (EUA). Marcos se destaca na área de Modelagem Matemática e Tomada de Decisão, tendo trabalhado em diversas áreas, como Educação, Logística, Saúde, Defesa e Segurança Pública, com foco na economia de recursos públicos e melhora da qualidade de vida das pessoas.
“Há dez anos, o Brasil sequer aparecia nas bases científicas internacionais como produtor de conhecimento na área de Tomada de Decisão e Defesa Nacional. Hoje, nosso país aparece entre os maiores produtores de conhecimento da área, ao lado de grandes potências internacionais como os Estados Unidos e a China, graças ao trabalho incansável do grupo de pesquisa que coordeno. Para mim, é motivo de orgulho e satisfação pessoal dar essa notoriedade científica para o nosso país”, comemora Marcos.
Por intermédio da Marinha, cursou o mestrado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo sido selecionado para cursar o doutorado em Engenharia de Produção na Universidade Federal Fluminense (UFF), na área de Modelagem Matemática. Fez pós-doutorado em Ciências e Tecnologias Espaciais no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos/SP.
Após 30 anos servindo à Marinha, foi para a Reserva como Oficial Superior, e atualmente é professor da Escola Naval, UFF e da Universidade de São Paulo (USP), além de atuar como consultor da Petrobras na área de transição energética. “Como pesquisador já criei inúmeros métodos matemáticos que tem sido utilizados no Brasil e no mundo. Já desenvolvi mais de 900 pesquisas que foram apresentadas e/ou publicadas em mais de 20 países, como Estados Unidos, China, Inglaterra, França, Índia, Croácia, Itália, Portugal, Espanha, Dinamarca, dentre outros. Por conta disso, meu nome foi listado pela Universidade de Stanford, entre os 2% dos maiores cientistas do planeta”, explica.
Sua trajetória é marcada por muita luta e perseverança. Filho de mãe solteira e analfabeta, a venda de doces numa banca em frente a um ponto de ônibus era o único recurso que tinham para sobreviver.
Aluno da rede pública de ensino, Marcos sempre teve muita facilidade com os números. Quando completou 13 anos, soube dos concursos militares e viu na Marinha a oportunidade de mudar de vida. Em 1993, fez o concurso do Colégio Naval e foi aprovado entre os primeiros colocados. “A partir do momento que fui aprovado na Marinha, pude dar uma condição de vida melhor para a minha mãe. Eu me formei na Escola Naval em 2000 e fiz a Viagem de Ouro, na qual conheci vários países. Por intermédio da Marinha, pude cursar o mestrado em Engenharia de Produção na UFRJ”, recorda.
Mesmo morando há pouco tempo em Petrópolis, sua relação com a Cidade Imperial já é antiga. “Ainda criança, pude visitar a cidade várias vezes, frequentando as casas de alguns parentes. Já na fase adulta, pude desenvolver inúmeras pesquisas em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Sempre tive o sonho de morar em Petrópolis, mas não podia realizar esse sonho por força dos compromissos acadêmicos e profissionais. Com a minha passagem para a Reserva em 2024, finalmente pude me mudar definitivamente para a cidade com toda a minha família, onde fui muito bem acolhido. Já me sinto um cidadão petropolitano”, conta.
Marcos também atua em diversos projetos sociais em todo o Brasil, principalmente envolvendo crianças e jovens, mostrando o poder transformador da educação. “Como a matemática transformou a minha vida, ela também pode transformar a deles. Tento levar uma mensagem de esperança, mas essa transformação exige muita luta e dedicação”, conclui. Por conta disso, ele vai receber a Medalha Mérito Diplomático no Palácio Guanabara, no próximo dia 28 de novembro.



