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Alceu Amoroso Lima é o patrono do Flipetrópolis 2025 e Antônio Torres é o autor homenageado

O Festival Literário Internacional de Petrópolis (Flipetrópolis), que acontece entre os dias 27 e 30 de novembro no Palácio de Cristal, terá o intelectual, crítico literário e humanista Alceu Amoroso Lima (1893–1983) como patrono, uma das figuras mais influentes do pensamento brasileiro no século XX e nome profundamente ligado à história cultural de Petrópolis.

Reconhecido por sua vasta atuação como ensaísta, educador e articulador do diálogo entre fé, liberdade e cultura, Alceu Amoroso Lima — que assinava também sob o pseudônimo Tristão de Athayde — é símbolo de um pensamento aberto e plural. Sua trajetória intelectual se confunde com o próprio debate sobre a formação ética e literária do Brasil moderno.

A escolha de Alceu Amoroso Lima como patrono do Flipetrópolis reafirma o compromisso do festival com os valores da liberdade, da educação e da cultura humanista, temas que marcaram a obra e a vida do autor. Petrópolis foi sua cidade de residência nas últimas décadas de vida e o lugar onde ele faleceu, em 1983. Na cidade, encontra-se também o Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (CAALL), instituição que guarda um dos acervos mais importantes sobre a história intelectual brasileira do século XX, com mais de 40 mil documentos, correspondências e manuscritos.

Já o escritor Antônio Torres, romancista baiano radicado no Rio de Janeiro e um dos nomes mais importantes da literatura brasileira contemporânea, será o autor homenageado da edição de 2025.

Nascido em 1940, no povoado de Junco, hoje Sátiro Dias (BA), Antônio Torres construiu uma obra marcada pela força da linguagem, pela memória afetiva e pela reflexão sobre as migrações e os deslocamentos do povo brasileiro entre o sertão e a cidade. Sua literatura é um retrato sensível das transformações sociais do país e dos dilemas do homem comum diante do tempo, da distância e da perda.

Autor de clássicos como “Essa terra”, “O cachorro e o lobo”, “Pelo fundo da agulha” e “Meu querido canibal”, Torres tem sua escrita traduzida em diversas línguas e reconhecida internacionalmente. Em 2000, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, e em 1998 foi condecorado pelo governo francês com o título de Chevalier des Arts et des Lettres.

Sobre o Flipetrópolis

O 2º Festival Literário Internacional de Petrópolis tem curadoria nacional de Sérgio Abranches e Afonso Borges, e curadoria local de Marcelo Fernandes e Luis Gustavo Grandinetti, ambos membros da Academia Petropolitana de Letras (APL). A programação transforma a cidade serrana em um polo de celebração da literatura, da arte e do pensamento contemporâneo, conectando autores, leitores e pesquisadores em torno do livro e da palavra.

O Festival é realizado com patrocínio master da GE Aerospace, por meio da Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e conta com o apoio da Zeiss, da Caixa, da Academia Petropolitana de Letras e da Prefeitura de Petrópolis. Todas as atividades são gratuitas, acessíveis e contam com tradução em Libras e recursos de audiodescrição.

Serviço

De 27 a 30 de novembro de 2025, quinta-feira a domingo
Local: programação presencial no Palácio de Cristal e programação digital no YouTube @‌flipetropolis
Entrada gratuita.

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