A Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) reinstalou o limitador de altura da ponte do arranha-céu, que liga a BR-040 à estrada União e Indústria, em Itaipava. O equipamento serve para limitar a passagem de veículos pesados na estrutura e tinha sido danificado duas vezes desde a instalação no início do mês.
“Essa é uma medida para preservar a estrutura da ponte, que precisa de uma recuperação. Uma recuperação que está à cargo do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Enquanto esse trabalho não é realizado, é importante que os motoristas desses veículos de maior porte e peso busquem rotas alternativas. No trecho, reforçamos a sinalização. Ainda assim, por duas vezes o limitador de altura foi danificado por veículos que desrespeitaram a proibição”, disse o presidente da CPTrans, Luciano Moreira.
Após um pedido feito pelo Ministério Público Federal – MPF, a CPTrans vai instalar câmeras para que seja feito o monitoramento e aplicação de sanções aos veículos que voltarem a desrespeitar a limitação estabelecida na ponte. A reunião contou ainda com representantes da Concer, NovAmosanta e do DNIT. No encontro foi estabelecido ainda um prazo de 30 dias para que o DNIT apresente o projeto executivo da obra de recuperação da ponte do Arranha-Céu.
Ultrapassar o limitador de altura, para veículos que estejam acima do limite permitido, é infração grave, com perda de 5 pontos na carteira e multa de R$ 195,23, conforme estabelece o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
No entanto, para a UNITA – Unidos por Itaipava, apenas a fiscalização remota não é suficiente e a aplicação de multas após a passagem dos veículos pesados não vai garantir segurança.
A UNITA defende que uma barreira física seja implementada para impedir de fato a passagem de veículos pesados e evitar novos riscos à ponte. Além disso, cobra providências urgentes das autoridades responsáveis para reforçar a sinalização na rodovia antes do acesso à ponte, alertando da proibição de veículos pesados sobra a estrutura.
“As câmeras e multas são um avanço, mas sem barreiras físicas e uma sinalização mais clara ao longo da BR-040, motoristas continuarão desrespeitando as restrições. Estamos alertando para um risco real, que já foi reconhecido judicialmente, mas segue sem solução definitiva”, afirma Alexandre Plantz, presidente da UNITA.
A entidade já encaminhou ofícios ao DNIT, à Concer e a outros órgãos responsáveis, solicitando ações emergenciais, incluindo a antecipação da obra de duplicação da ponte, prevista apenas para 2030, e medidas de reforço na fiscalização. Novos comunicados estão sendo enviados alertando sobre o risco iminente. A UNITA soma esforços aos apelos da NovAmosanta, associação de moradores do distrito que trabalha em prol da mobilidade e outras melhorias para Itaipava. A NovAmosanta vem acompanhando de perto a situação com representantes nas audiências judiciais.
“O perigo é evidente e não podemos esperar uma tragédia para que soluções concretas sejam adotadas. Seguiremos cobrando providências para garantir a segurança da população e a mobilidade na região”, conclui Fabrício Santos, secretário da UNITA.