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Turp e Sind Rodoviários se pronunciam sobre paralisação desta quinta-feira

No início da tarde desta quinta-feira (26), trabalhadores da Turp fizeram uma paralisação por conta de atrasos nos pagamentos. A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis (Sind. Rodoviários) participou de uma reunião presencial com o prefeito Hingo Hammes, na sede da Prefeitura Municipal. O encontro havia sido previamente agendado para tratar de pontos ligados à Convenção Coletiva de Trabalho 2025/2026 e de atrasos generalizados nos pagamentos por parte das empresas de transporte público de passageiros, mas acabou incluindo a paralisação desta tarde também.

“Durante o encontro, o prefeito Hingo Hammes se comprometeu a realizar o pagamento do Vale Educação, o que já foi efetivado. Consequentemente, a empresa informou à diretoria sindical que daria início, ainda hoje, à quitação dos valores devidos, referentes ao vale dos trabalhadores. Apesar do avanço, os rodoviários afirmam que só retornarão às atividades após o pagamento integral do vale e dos valores em atraso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e mediante a um compromisso formal da empresa de que não haverá novos atrasos nos repasses de salários, adiantamentos, benefícios como o Vale Alimentação e demais direitos trabalhistas”, informou o Sindicato, em nota.

A Turp Transporte, por sua vez, informou que “todos os pagamentos referentes ao adiantamento salarial do mês de junho foram concluídos de forma integral, no fim da tarde desta quinta-feira (26). A empresa, que havia iniciado os pagamentos na última segunda-feira (23), conta com a retomada da categoria aos seus postos de trabalho, principalmente, para transportar os passageiros de volta às suas casas”.

A Turp ressaltou ainda que “não utiliza de atrasos como forma de pressão. A empresa entende e valoriza cada profissional que atua no setor, mas, destaca que vem atravessando uma situação de grave desequilíbrio econômico e financeiro, o que dificulta e até impede que os pagamentos aconteçam integralmente nas datas programadas”, diz a nota.

O Setranspetro destacou que “a situação de desequilíbrio econômico e financeiro se estende para todo o sistema de transporte, que está há quase dois anos, sem qualquer reajuste ou readequação dos itens que estão sendo pagos, mesmo a legislação municipal, federal e contratos dando a garantia de que a tarifa de ônibus precisa ser discutida e ajustada anualmente.”

A planilha de custos praticada atualmente é a que foi apresentada em julho de 2023. Diante disso, o Setranspetro defende “a necessidade do reajuste ou de novas fontes de custeio, como forma de garantir o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos e do setor de transporte, mantendo os custos operacionais imprescindíveis, como salários, benefícios, óleo diesel, peças e outros itens de rodagem”.

Ainda em nota enviada à tarde, a Prefeitura de Petrópolis disse que “lamenta que as empresas de ônibus estejam usando os rodoviários, e incentivando a paralisação, para forçar o reajuste na tarifa, prejudicando a população que usa o transporte público. A Prefeitura reitera que é contra ao reajuste da tarifa do transporte público, que a questão está judicializada e que vai seguir o que determinar a justiça”, encerra.

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