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Fogos e tinturas em época de Copa do Mundo podem provocar fuga, estresse e intoxicação de pets

Em época de Copa do Mundo, cada gol é motivo de celebração e bagunça. Sejam com vuvuzelas ou com fogos de artifício, quem sofre são os bichinhos de estimação, que tem uma audição sensível.

Segundo a veterinária Renata Castro, da Clínica Pet Amado Petrópolis, os animais possuem capacidade auditiva muito superior a nossa. Por isso, sentem tanto incômodo com artefatos utilizados nas celebrações dos jogos. “Cães e felinos sofrem com o problema, mas enquanto gatos ficam quietinhos, cachorros  começam a tremer, ficam nervosos e procuram um lugar para se esconder”, avalia.

A funcionária pública Carla Gerhardt possui três animais e procura estar sempre com eles neste período. “Nestas horas de maior aflição para o bichinho, não consigo deixá-los sozinhos, assisto os jogos em casa, com os amigos, enquanto uma delas fica escondida embaixo da cama, os outros ficam em outro cômodo com luz baixa e música ambiente tranquila, sendo terminantemente proibido soltar fogos aqui”, relata.

Este comportamento da proprietária é considerado  ideal para Renata: “Além de evitar utilizar os artefatos e permanecer com os animais no interior da residência, é importante não confirmar o medo do peludo, digo, se o responsável percebe o sentimento no animal, não deve acariciá-lo neste momento”, ressalta a profissional, que orienta donos a deixarem nome e telefone em plaquinhas de identificação ou até mesmo escrito a caneta nas coleiras, pois a agitação causada pelos fogos, somada ao entra e sai das visitas, costuma ser grande motivo de fugas. Também é fundamental não deixá-los acorrentados, pois podem se enforcar.

No caso de pessoas que precisam estar ausentes, o recomendado é separar os animais com temperamento dominante, desde que não seja em ambientes com objetos cortantes à disposição, como a cozinha, por exemplo, já que o animal acuado e agitado pode fazer algo cair, provocando ferimentos.

Para amenizar o estresse, também é possível ministrar florais para medo, ansiolíticos ou fitoterápicos. “Ainda há tempo de proteger o animal, realizando um tratamento por três ou quatro dias seguidos, por meio de uma avaliação clínica para indicar o melhor medicamento”, alerta Renata, acrescentando ser válido  procurar um especialista em comportamento animal, como adestradores, caso a ansiedade ou o medo sejam crônicos.

O entusiasmo dos torcedores é tanto nesta época que alguns deles resolvem tingir os pelos dos animais nas cores do país. “Se a pessoa deseja colorir o peludo, o correto é procurar uma pet shop que ofereça este serviço, utilizando shampoos tonalizantes veterinários que permaneçam no pelo por até quatro banhos”, esclarece Nathália Ludolff, empresária do setor, ressaltando que o uso de produtos inadequados pode causar problemas sérios na pele e nos olhos do animal, configurando maus-tratos, mesmo não sendo esta a intenção do proprietário.

O tingimento mesmo com produtos corretos, feito por profissionais, pode potencializar o temperamento de cães inseguros, principalmente pela percepção deles sobre como as pessoas vão se comportar quando o veem “diferente”.

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