A nova tarifa do transporte público urbano de Petrópolis passa a vigorar no primeiro minuto desta quarta-feira (14). A tarifa, agora, será de R$ 3,20, mas o governo municipal autorizou desconto de 0,10 na passagem dos usuários do sistema de bilhetagem eletrônica. Estes pagarão R$ 3,10. Já os usuários do sistema de bilhetagem eletrônica são beneficiados pela integração total das linhas urbanas municipais.
A medida foi tomada após decisão da justiça, que constatou que houve cumprimento da legislação e participação popular na decisão que concedeu o reajuste necessário.
Entretanto, as queixas em relação ao transporte público tem sido frequentes em nosso site. A precariedade dos ônibus que circulam com pneus carecas e sempre quebram, além de muitas linhas que não cumprem os horários são apenas algumas das reclamações que recebemos diariamente.
O leitor, Matheus Teixeira, por exemplo, nos enviou o seguinte relato: “Moro no Quissamã e nesta segunda-feira (12) estava na praça do Itamarati a passeio com a minha namorada que mora no Bingen. Ela ia embora pra casa no terminal Bingen x Itamarati (170) das 21h05. Pontualmente o ônibus saiu do terminal e o motorista reclamando de problemas mecânicos informa aos passageiros que não seria possível seguir a viagem e que ele iria contatar o fiscal para se orientar sobre como devia prosseguir. Com o ônibus estacionado na calçada em frente à igreja matriz do Itamarati, o motorista diz que o fiscal o orientou a levar o ônibus para o terminal centro, mesmo sabendo das dificuldades de locomoção. Assim ele tentou fazer, mas mostrando evidentes sinais de que não estava em boas condições, o veículo parou de funcionar dois pontos adiante, e o motorista pediu para que todos passageiros se retirassem do ônibus e notificou que a empresa não enviaria outro veículo, porém ele tentaria fazer a troca dos passageiros para outro veículo que passasse na via. Ao passar um outro ônibus, que saíra minutos depois do mesmo terminal que o condutor quebrado, o motorista informou que não iria permitir a entrada já que os veículos não são da mesma empresa e ele ainda completou que para entrar no ônibus, apenas pagando a passagem. Mesmo com estas condições os passageiros embarcaram, inclusive minha namorada. Apenas um senhor ficou sem entrar no ônibus e comentou que tinha apenas o dinheiro da passagem paga para ir embora e em seguida, foi reembolsado pela cobradora do ônibus em que estava. O motorista da outra viação dirigia o ônibus identificado pelo número 3020.”
A leitora Angelica, por sua vez, enviou a seguinte reclamação: “Sou moradora da Vila Felipe e hoje nós temos uma linha de ônibus via duas pontes. Ela teria horário de 60 em 60min, se o percurso não durasse mais que isso, ou seja o ônibus está sempre fora do horário. Na semana passada no horário da manhã 08h25 (pelo menos até 10:25) já não teve ônibus porque quebrou. As pessoas tem que andar e pegar a linha Campinho, porém já ficam atrasadas pois tem horário diferente. Hoje a mesma coisa, não tivemos ônibus pelo menos no horário 08:25 (não sei se teve antes e até que horas não teve ônibus).”
Outros leitores demonstraram indignação em relação ao aumento. “Temos que andar em ônibus caindo aos pedaços, as janelas não abrem, quase morremos abafados nesse calor de matar e eles estão sempre atrasados, ficamos mais de 50 minutos no ponto esperando, perdemos tempo em engarrafamentos absurdos, andamos menos de 20 minutos e temos que pagar esse preço absurdo! Não sou contra o aumento, sou contra ao aumento do dobro do teto da inflação, porque na hora do aumento de salário, ninguém quer dar o dobro é revoltante!”, manifestou-se a leitora Valeria Lima.
Já a leitora Simone Christina questionou em que se baseiam as planilhas de custo enviadas pelo Comutran – “Acho que não só eu, mas a população petropolitana em peso gostaria de saber em que se baseiam essas planilhas de custo enviadas pelo Comutran para justificar o aumento das passagem na cidade, pois aqui não há ampla concorrência entre as empresas já que cada uma explora um ponto da cidade sem que nenhuma outra empresa venha a ameaçar a quantidade de usuários de suas linhas. A qualidade do transporte é péssima, os ônibus são mal conservados, qualquer dano ao ônibus é retirado do salário dos motoristas, pneus recapeados, má organização de horários, nenhuma linha ou ônibus novo é incluído para melhorar o tempo de espera pelo transporte, ou seja, o investimento é zero e ainda há custos?!”, questionou.
Reeleger os de sempre ocasiona isso! E a população aguenta calada. Uma experiência num país de primeiro mundo nos deixaria envergonhados. Que classe política lamentável.