Saúde

Casos de malária registrados na Região Serrana

Nas últimas semanas, foram registrados 14 casos de malária na região serrana, segundo informações da Agência Brasil. Os locais de infecção foram: Miguel Pereira, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. A Secretaria Estadual de Saúde informou ainda não haver evidências de surto da doença.

Contudo, a Secretaria de Saúde de Petrópolis, por meio da Coordenadoria de Epidemiologia, informou que recebeu do Estado na última sexta-feira informação sobre um paciente de 49 anos, morador do Jardim Botânico, diagnosticado com malária. O paciente teria apresentado os primeiros sintomas da doença no dia 22 de janeiro, no Rio de Janeiro, e teve a doença confirmada no dia 12 de fevereiro. Durante investigação, o homem relatou ter estado em um sítio na região do Rocio, em Petrópolis, em janeiro.

A Coordenadoria de Epidemiologia lembra que o caso segue sob investigação, uma vez que não há qualquer registro de casos de malária contraídos no município. Entre 2010 e 2014, a Coordenadoria de Epidemiologia notificou o Estado sobre cinco casos da doença, todos em pacientes que vieram ou estiveram em áreas dentro e fora do país onde há incidência da doença.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. O mosquito, comum em áreas de mata, são infectados ao picar indivíduos doentes. Não há vacina para prevenção à malária. O ser humano é infectado acidentalmente ao entrar neste ambiente (silvestre), uma vez que pessoas que residem em áreas urbanas passam a frequentar estas áreas com a finalidade de turismo ou lazer, podendo ocasionar o aumento de casos durante o período de férias (dezembro a março). Os principais sintomas apresentados podem incluir um quadro febril, acompanhado em alguns casos de tremores e calafrios.

Como a transmissão ocorre em ambiente silvestre, orienta-se que medidas de prevenção e proteção individual e coletiva sejam utilizadas, como uso de repelentes para insetos, utilização de vestimenta adequada para entrar na mata (uso de camisas e calças compridas e sapatos fechados ou tênis com meias), instalação de telas nas janelas e portas das residências próximas à mata, sinalização (colocação de placas) nas áreas com risco de transmissão da doença com orientações para a população local e flutuante (turistas, trabalhadores residentes em outras áreas), entre outras.

Entre os sintomas estão dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. Em geral, esses quadros são acompanhados por dor abdominal, dor nas costas, tontura, náuseas e vômitos. O período de incubação é variável, dependendo da espécie de plasmódio (para P. falciparum, de 8 a 12 dias; para P. vivax, 13 a 17 dias; e para P. malariae, 18 a 30 dias). A malária pode ser confirmada por meio de exame de sangue e é tratada com medicamento específico, disponibilizado aos municípios pelos governos estaduais, de acordo com a demanda.

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