Cidade

Casa da Morte é um dos temas da Segunda Jornada pela Memória, Verdade e Justiça

O grupo Pró-Comissão da Verdade se reúne, neste sábado (12), às 13h, na Câmara Municipal de Petrópolis, para a realização da 2ª Jornada pela Memória, Verdade e Justiça em Petrópolis: a verdade que não quer calar. O evento é aberto ao público e tem como objetivo debater o período da ditadura militar em Petrópolis e prosseguir com a discussão sobre a regulamentação da Comissão Municipal da Verdade (CMV). Além disso, durante o evento será realizada a devolução simbólica dos mandatos de vereadores e suplentes cassados em 1964.

O grupo, que começou a se reunir em abril desse ano, é composto por ativistas, pesquisadores e profissionais da educação. Coordenado pelo professor Eduardo Stotz, conta também com a participação do advogado João Fabre dos Reis, a téologa Maria Helena Arrochellas, a historiadora Rafane Paixão e o cientista social Roberto Schiffler Neto. Para eles, a regulamentação da CMV representa a possibilidade de reparar erros que foram cometidos no passado. O assunto foi debatido em novembro com o prefeito Rubens Bomtempo. Na ocasião, ele se mostrou disposto a contribuir para a criação da comissão. Para ele, desta forma será possível deixar um legado para todos os petropolitanos e, principalmente, para os estudantes.

Já a devolução simbólica dos mandatos é uma das maneiras de reconhecer os erros cometidos naquele período. Entre os vereadores mencionados pelo grupo Pró-Comissão, estão José de Araújo Aranha, Alencar Thomaz Gonçalves, Francisco Xavier Ximenes, Manoel Maria Leal Ferreira, Rubens de Oliveira Xavier, Saturnino da Silva e Saul Alves de Quadros.

O regime militar teve início em 1964 e durou até 1985. O período foi marcado por uma série de torturas, mortes e desaparecimentos. Centenas de livros contam os fatos que marcaram toda uma geração que lutava por um país melhor e democrático. Petrópolis ficou conhecida a nível nacional, por ter sido o local escolhido pelos militares para que fossem trazidos alguns dos presos políticos. Eles eram levados para a Casa da Morte, residência localizada no Caxambu. Há dois anos, o município busca recursos federais por meio de emendas parlamentares de deputados estaduais, para a desapropriação desse imóvel. O objetivo é que nele seja criado o Memorial da Verdade.

 

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