Nesta sexta-feira (11), o Conselho Municipal de Transportes (Comutran) vai discutir o reajuste da passagem proposto pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), que aumenta a tarifa para R$ 3,75.
Segundo um estudo técnico do Setranspetro que foi encaminhado à CPTrans, ao município e ao Comutran, o aumento seria necessário para cobrir todos os atuais custos do sistema de transporte urbano municipal, que foram gerados pelo aumento de todos os itens que compões a estrutura de cálculo tarifária, tais como: crise econômica nacional; aumento de 9% nos salários e 15% nos benefícios da categoria dos rodoviários, que vem sendo praticados desde março desse ano, após assinatura do Acordo Coletivo; contratação de aproximadamente 200 cobradores em razão da publicação da Lei Municipal 7. 351/2015; 16% de aumento acumulado no preço do óleo diesel. A folha de pagamento representa aproximadamente 50% do custo total de uma empresa de transporte.Já o custo com combustível é o que tem segundo maior impacto, representando aproximadamente 30% do custo total.
Desta forma, a Frente de Luta pelo Transporte Público Petrópolis vai se reunir às 17h, na Praça da Inconfidência e de lá seguirá para a sede da CPTrans, onde será realizada a reunião. O objetivo é protestar contra o possível aumento da passagem além de pautar discussões como mobilidade urbana e tarifa social.
Más condições e não cumprimento de horário entre as reclamações mais frequentes dos usuários
Um dos principais motivos que gera indignação por parte dos usuários de transporte coletivo é a falta de cumprimento de horário de muitas linhas, além das más condições dos veículos de algumas empresas.
Recentemente, por exemplo, um morador do bairro Moinho Preto informou que após às 17h, os coletivos que deveriam rodar de 40 em 40 minutos só apareciam 1h30 depois. Em nota, a empresa Cidade Real disse que desconhecia a reclamação sobre a linha e destacou que além de checar a denúncia por meio do Sistema de Monitoramento por GPS, enviou um fiscal para a região para observar a operação da linha. O leitor em questão confirmou que um fiscal foi enviado para a localidade.
Já moradores do Brejal, na Posse, se queixaram de que todos os dias o ônibus que atende a localidade quebra. “Esse da foto (ao lado), que liga Posse-Albertos, está quebrado há três dias, abandonado na rua A”, relatou.
Uma outra leitora reclamou das condições do ônibus da Transpal: “O ônibus está apresentando perigo para a sociedade, só circulam sem freios, sem faróis, e vivem quebrados na estrada, com isso as crianças das escolas ficam andando a pé… Os pais estão com medo de mandar os filhos para a escola”, disse.
Em nota, a Transpal informou que está fazendo o possível para conseguir realizar a manutenção nos veículos. Porém, a empresa encontra-se em uma situação de extremo déficit econômico e financeiro e por esta razão não tem condições de comprar qualquer ônibus novo.
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