Cidade

Município faz balanço de resposta às chuvas de janeiro

Em reunião com o Comitê de Ações Emergenciais nesta última terça-feira (23), a prefeitura fez um balanço da resposta do município às chuvas da segunda quinzena de janeiro. Em 15 dias, foram 1.216 ocorrências registradas na Secretaria de Proteção e Defesa Civil pelo telefone 199; 263 imóveis interditados; 217 famílias desalojadas – totalizando 696 pessoas; 1.032 atendimentos realizados pela Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac); e 30 mil m³ de materiais retirados das vias públicas, como terra, barro, pedras e galhos de árvore.

Bomtempo destacou que, apesar do grande número de ocorrências em pouco tempo, o município conseguiu dar uma resposta rápida e ágil às chuvas, devolvendo a normalidade à cidade. “A nossa maior vitória foi o fato de não termos vítimas ou feridos, mesmo com mais de mil ocorrências. Isso é o mais importante. O passo seguinte foi garantir a desobstrução das ruas, já que contabilizamos mais de 500 barreiras em vias públicas. A nossa maior dificuldade foi a extensão da área atingida, já que estimamos mais de 300 quilômetros quadrados de área atingida, principalmente os distritos de Itaipava, Pedro do Rio e Posse”, disse.

Também foi acionado o Plano de Contingência de Petrópolis – documento que define o que cabe a cada órgão em uma situação de chuvas fortes. Já na noite do dia 15 de janeiro, uma sexta-feira, quando as fortes chuvas começaram, todo o secretariado foi mobilizado para uma reunião emergencial na subprefeitura, em Itaipava, para que a Prefeitura trabalhasse de forma intersetorial.

Sistema Nacional de Defesa Civil – Para Bomtempo, em uma situação emergencial como a da segunda quinzena de janeiro em Petrópolis, é fundamental que todo o Sistema Nacional de Defesa Civil atue, incluindo os governos estadual e federal. No entanto, até o momento, Petrópolis não recebeu recursos estaduais e federais.

“Uma chuva dessa proporção não é só problema do município, mas de todo o Sistema Nacional de Defesa Civil. É preciso que todos façam a sua parte, mas isso não está acontecendo. Ao longo de ano de 2015, por exemplo, solicitamos ao Inea (Instituto Estadual do Ambiente) a dragagem dos rios da nossa cidade, mas nada foi feito até hoje”, disse.

No início do mês, o prefeito se reuniu em Brasília com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e solicitou recursos para Petrópolis, no valor de R$ 1,72 milhão, mas ainda não houve resposta. Também foram encaminhados ofícios, no fim de janeiro e em fevereiro, ao governo do estado solicitando a inclusão de 200 famílias desalojadas pelas chuvas no aluguel social, mas sem resposta.

A Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania já confirmou que quase 100 famílias se enquadram nos critérios do programa e a documentação de outras 100 estão em avaliação. Todas – que somam mais de 600 pessoas – estão na casa de amigos ou parentes. No dia 25 de janeiro, 10 dias após a chuva, já havia sido encaminhado ofício ao Governo do Estado com a solicitação, mas até hoje não houve resposta.

Regularização de repasses – O prefeito Rubens Bomtempo também encaminhou nesta semana ofício ao governo do estado solicitando a regularização dos repasses da Secretaria de Estado, Assistência Social e Direitos Humanos à Setrac. Os valores devidos já somam R$ 507.640,72, referentes a 2014 e 2015. “Os recursos são fundamentais para continuarmos o trabalho com as famílias assistidas pelos Cras (Centro de Referência de Assistência Social), Creas (Centro de Referência Especializada em Assistência Social), NIS (Núcleo de Integração Social), Casas de Acolhida I e II e Centro Pop (Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua)”, disse a secretária da Setrac, Fernanda Ferreira.

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização (contato@aconteceempetropolis.com.br).