O Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Petrópolis concluíram as negociações da Convenção Coletiva da categoria, que irá vigorar pelos próximos dois anos (2016-2018). Entre os pontos acordados pelas partes, estão o reajuste salarial dos funcionários e a possibilidade de abertura das lojas em feriados.
“Os dois sindicatos conseguiram equacionar as dificuldades de ambos os lados e chegar a um bom termo nas negociações, no momento em que o país atravessa um dos períodos mais conturbados de sua história, principalmente no aspecto econômico, que repercute fortemente no dia a dia de todos”, comentou o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini.
Entre as principais conquistas por parte dos trabalhadores do comércio, está o reajuste no salário-base, passando para R$ 1.110,00 a partir de março de 2016. A categoria também conquistou estabilidade em alguns benefícios, como na aposentadoria de empregados que possuem dez anos ou mais de trabalho na mesma empresa e que contabilizam 12 meses ou menos para atingir o direito, de acordo com o prazo da previdência social. Esses funcionários passam a ter a garantia do emprego ou do pagamento da contribuição previdenciária durante o período faltante para a aposentadoria, respeitando o limite temporal. “Outro ponto importante foi a garantia do emprego ou salário pelo período de 30 dias, no caso de afastamento por doenças por período igual ou superior a um ano, a contar da data do retorno ao trabalho, a partir da alta do INSS”, comentou o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Petrópolis, Ernani Corrêa Magalhães, ressaltando que a negociação também foi positiva para a categoria.
O lado patronal conquistou a possibilidade de abertura facultativa do comércio em todos os feriados durante o período vigente da convenção, com exceção do Natal, Ano Novo, Dia do Trabalhador e Dia do Comerciário. Além disso, os patrões também estão autorizados a abrir as lojas nas quatro segundas-feiras que antecedem o Natal dos anos de 2016 e 2017, mediante folga compensatória, negociada entre empregado e empregador. A negociação também garantiu banco de horas para as empresas com seis empregados e a possibilidade da compensação em até 90 dias.
“Foi uma negociação em que prevaleceu o senso de responsabilidade e a boa vontade das partes em procurar chegar a um bom termo. Foram vários os pontos positivos alcançados, que trarão benefícios aos patrões e à categoria”, declarou Fiorini.
