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Manifesto do Povo do Santo contra intolerância religiosa acontece neste sábado

Neste sábado (14), o Grupo Povo do Santo Contra a Intolerância – Petrópolis vai estar no calçadão do Cenip, das 10h às 18h, com o Manifesto Povo do Santo, recolhendo assinaturas para a criação da Comissão Municipal de Combate à Intolerância Religiosa.

A ideia do movimento surgiu durante as reuniões mensais realizadas pelo grupo, com a proposta de manifestar repúdio e indignação a todas as formas de intolerância e preconceitos que atingem a sociedade, em especial aos adeptos das religiões afro-brasileiras, com relatos de agressões físicas e verbais.

“Torna-se inadmissível que em um país plural como o Brasil, formado por etnias diversas e culturalmente diferentes, tais atos que atentam contra a vida e contra a livre manifestação de credo ainda persistam em nosso meio. Lembramos que tal manifestação é direito humano e constitucional do cidadão. E tal liberdade não pode ser violada ou coibida por quem quer que seja”, comenta Pai Pedro Nogueira, membro do Povo do Santo Contra a Intolerância Religiosa.

Com ações centralizadas em três frentes de trabalho: educacional, sociopolítica e cultural, surge o primeiro movimento concreto desta iniciativa com a proposta da criação da Comissão.

O abaixo assinado para solicitar ao Poder Executivo Municipal a criação desta Comissão, via decreto, já está nas redes sociais mas, para torná-lo ainda mais amplo e acessível, estará disponível e poderá ser assinado durante o manifesto deste sábado. A busca é por atribuir, propor e criar um Política Municipal de Combate à Intolerância Religiosa e Respeito à Diversidade de Culto e reconhecimento das Religiões de Cultos de Matriz Africana, Afrodescendentes e Afro-brasileiros como Patrimônio Imaterial Cultural de Petrópolis.

“Na petição online, nosso objetivo, até o final de maio é conseguirmos duas mil assinaturas. Isto fora as nossas idas em terreiro e a mobilização de sábado””, explica Vagner Costa, também membro do grupo.

“Este já é um contingente muito bom. Se pensarmos que temos em torno de 240 mil eleitores na cidade, dois mil representa aproximadamente 1%, o que é um peso. Com dois mil votos se elege um político na cidade”, acrescenta Pai Pedro, dizendo ainda que todo este processo não se restringe somente as religiões afrobrasileiras, embora este seja o foco.

“Nós queremos ter uma cultura de paz, não queremos ser tolerados somente. Deve existir um respeito incondicional a todas as formas de se entender e se exercitar o sagrado, independente da religião, embora as religiões afrobrasileiras sejam mais preconceituadas. Esse diálogo com o que é contraditório também faz parte deste nosso processo de questionamento”, concluiu.

Os organizadores fazem questão de frisar que o movimento é totalmente apartidário, não estando preso a nenhum setor político.

Mais informações podem ser adquiridas na página facebook.com/intoleranciaRAB.

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