Famílias de crianças diagnosticadas com alergia à proteína do leite de vaca (APVL) não estão conseguindo obter junto ao município um alimento chamado Neocate, que contém uma fórmula de aminoácidos e é isento de produtos lácteos.
É o caso do Matheus Yan Dias Kailla, de 5 meses de idade, que, além de leite, não pode consumir soja, ovo e também algumas frutas e legumes. Os sintomas alérgicos começaram 15 dias após o bebê receber a segunda dose da vacina contra o rotavírus, quando tinha 4 meses. “Toda vez que ele mamava, começava a ficar com manchas vermelhas pelo corpo, sangue nas fezes, coceira, mãos inchadas, soluços e refluxos constantes”, disse Pamela Dias da Silva, mãe de Matheus.
Após o diagnóstico, a recomendação médica foi para que o bebê passasse a ser alimentado com a fórmula Neocate, mas o problema é que cada lata desse alimento custa em torno de R$ 180 e dura somente três dias, totalizando quase R$ 2 mil por mês, valor que não pode ser arcado pelos pais do menino.
De acordo com a mãe do bebê, que entrou na Justiça para obter o alimento, já que o Neocate não foi conseguido junto à Secretaria de Assistência Social e nem no Centro de Saúde, Matheus está sendo alimentado graças a doações de amigos da família e pessoas que se solidarizaram com o caso.
Quem quiser ajudar o Matheus, o telefone de contato é (24) 98866-5352.
Questionada, a Secretaria de Saúde informou que “a empresa vencedora da licitação para fornecer o produto não fez a entrega e que a secretaria está notificando a empresa a cumprir o contrato”. A nota diz ainda que “outro processo de licitação está em andamento para a aquisição do produto”.
Em setembro de 2015, o Portal Acontece em Petrópolis havia publicado uma matéria em que a falta de Neocate também foi denunciada, como pode ser vista aqui.