Meio da Serra, onde era a antiga ferrovia / Crédito: Edmilson Gomes
Nesta semana, os secretários de governo se reuniram na sede da Secretaria de Defesa Civil e Segurança Pública, no Centro, para debater as ações tomadas em resposta às chuvas dos últimos dias. A reunião foi convocada pelo prefeito Rubens Bomtempo e pelo secretário de Defesa Civil e Segurança Pública, Rafael Simão, devido aos altos índices pluviométricos acumulados e à quantidade de ocorrências, que já passam de 130 casos desde o início das chuvas na tarde da quarta-feira (14). A Defesa Civil opera em estágio de atenção.
“Todo o governo está mobilizado desde que a Defesa Civil passou a operar em estágio de alerta, pois tivemos casas atingidas, ruas obstruídas e alagamentos. A cidade está mais uma vez no limite. Em 45 dias, já choveu cerca de 1.000 milímetros. O esperado para três meses. Mas o solo está se comportando bem”, disse Bomtempo.
Foram 130 ocorrências registradas na Defesa Civil pelo telefone 199 em 48 horas, entre deslizamentos atingindo residências, fundos de terrenos e vias públicas no 1º distrito do município. Não houve vítimas ou feridos. Há pelo menos seis famílias desalojadas, que foram para a casa de amigos ou parentes. Não há desabrigados.
“Todos os nossos técnicos estão nas ruas atendendo as ocorrências. Agora temos que dar o passo seguinte, que é definir como será a atuação da Prefeitura na desobstrução de vias onde houve deslizamento, como será feita a limpeza, se será necessário alterar o trânsito durante as operações. Além disso, precisamos discutir a questão dos pontos de apoio e da assistência às famílias desalojadas”, complementa Bomtempo.
A Secretaria de Obras, Habitação e Regularização Fundiária e a Comdep estão nas ruas atuando nas áreas atingidas. Desde quinta-feira (15), máquinas, caminhões e funcionários já foram empregados na desobstrução de vias dos bairros Alto da Derrubada, Mosela, Vila Militar, Quitandinha, João Xavier, Morin e Independência.
Nos últimos 30 dias, o índice pluviométrico na 24 de Maio foi de 727 milímetros. Na João Xavier, o acumulado é de 666 mm. Enquanto que o esperado para o período era de 300 a 400 milímetros.
População deve ficar atenta – “O solo já está encharcado, então o risco de deslizamentos continua existindo, já que mesmo uma chuva fraca pode gerar deslizamentos. Quem mora em área de risco deve agora agir para garantir a segurança de sua família. Essas pessoas devem sair de casa e procurar um local seguro, como casas de amigos ou parentes que não morem em áreas de risco”, disse Simão.
Entre quarta e quinta-feira, seis casas famílias foram atingidas por deslizamentos nos bairros Siméria, São Sebastião, Mosela, Valparaíso, Quissamã e Independência. Em todos esses casos, as famílias deixaram os imóveis com segurança e informaram aos agentes da Defesa Civil que iriam para a casa de amigos, vizinhos ou parentes.
No caso de qualquer sinal de instabilidade na casa ou no terreno, o morador deve ligar para o telefone 199 e pedir uma vistoria preventiva da Defesa Civil. A ligação e o serviço são gratuitos.
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