Neste sábado (25), das 10h às 14h, o calçadão do CENIP recebe uma ação de conscientização sobre a epilepsia, condição neurológica crônica que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Organizado por Tatiana Pereira, mãe de criança com epilepsia, o evento conta com o apoio da Câmara Municipal e tem o objetivo de combater o preconceito e desmistificar a doença, fazendo com que seja um assunto acessível a todos. Outro ponto importante é a intenção de se criar uma ponte entre petropolitanos que têm filhos com essa condição.
“A ideia da campanha, que começou ano passado de forma discreta e que vem tomando força com a ajuda da vereadora Gilda Beatriz e adeptos, surgiu quando pude sentir na pele o que as mães sentem com os diversos tipos de epilepsia que existem. É uma dor e uma sensação de perda tão forte ao vermos nossos filhos, mesmo que por instantes, perdidos em seus próprios corpos. Não sei se a população sabe, mas cerca de 30% dos casos são refratários a medicação, fazendo com que a pessoa possa ter 40, 70 crises ao dia, levando a diversos atrasos e complicações”, comenta Tatiana.
A iniciativa faz parte das comemorações do dia 26 de março, que em diversos países é conhecido como o Dia Roxo, ou “Purple Day”, em referência à epilepsia. Em Petrópolis, a Lei nº 7411/16, de autoria da vereadora Gilda Beatriz, institui a “Campanha Março Roxo – Dia Municipal de Conscientização sobre a Epilepsia”.
“É necessário que haja um esclarecimento sobre o que é a epilepsia e as suas consequências. Ainda existe muito preconceito contra a pessoa que possui essa condição neurológica e, em alguns casos, essa situação faz até com que a pessoa não consiga arranjar um emprego ou tirar carteira de motorista, além de prejudicando a vida pessoal do paciente e seu lado psicológico. Em muitos casos, afetando também a parte física, social e econômica, revelando dificuldades não só individuais, mas também familiares, escolares e sociais, especialmente devido ao desconhecimento, crenças, medo e estigma”, explica Gilda Beatriz.
A epilepsia é a condição neurológica crônica mais comum em todo o mundo e afeta todas as idades, raças e classes sociais. No Brasil, a estimativa é que existam três milhões de pessoas com epilepsia, sendo que a este número somam-se 300 novos casos por dia.