Nove obras do PAC das Encostas estão sendo retomadas este mês em Petrópolis. As intervenções ocorrem nos bairros Atílio Marotti, Floresta, São Sebastião e Retiro (lote 2), Alto da Serra, Mosela, Bingen, Morin e Quitandinha (lote 3). Neste último, na Av. Amaral Peixoto, a obra já foi iniciada com a limpeza da área e montagem do canteiro. São cerca de 30 funcionários que vão trabalhar no Quitandinha. O PAC das Encostas investe R$ 60,2 milhões em 14 obras na cidade.
Segundo a prefeitura, a volta dos trabalhos foi possível graças à reposição dos montantes que foram arrestados no fim do ano passado para pagamento da folha do funcionalismo. Petrópolis já devolveu às contas do programa cerca de R$ 5,8 milhões.
Do valor devolvido, R$ 2,6 milhões são referentes ao lote 2. Esse valor foi arrestado em dezembro e, por isso, não foi possível pagar a empresa Erwil pelo trabalho dos últimos meses em 2016. São quatro obras que, juntas, recebem um investimento do governo federal de R$ 21,5 milhões.
No Atílio Marotti e na Rua Brigadeiro Castrioto estão sendo feitas barreiras dinâmicas. Já no Morro do Neylor, a obra é para implantar uma cortina atirantada e novo sistema de drenagem.
“Na Capitão Paladini, a obra também é de uma barreira dinâmica, mas por lá o projeto foi ampliado em mais 100 metros. Esse aumento foi uma necessidade detectada durante a execução. Dessa forma, vai ser possível proteger uma área maior do que inicialmente previsto”, explicou o secretário de Obras, Ronaldo Medeiros.
O lote 3 é feito pelo Consórcio Construir. Cerca de R$ 2,5 milhões foi reposto ao programa. Esse montante também se refere aos pagamentos de novembro e dezembro do ano passado e somam R$ 20,8 milhões no total.
O Morro dos Ferroviários está recebendo um muro ancorado e uma tela de alta resistência. No Alto Bataillard, é construído uma barreira inelástica e sistema de drenagem. Já no Morro do Veludo, a obra é de muretas estaqueadas e drenagem. A Rua Eugênio Werneck e a Rua Amaral Peixoto estão recebendo barreiras dinâmicas.
No primeiro semestre, o município conseguiu a liberação de outras verbas pelo Ministério das Cidades para obras de contenção. Os projetos para a Castelânea e para o Siméria somam quase R$ 1,8 milhão. Outra obra que já está ocorrendo é a na Rua Desembargador Luiz Antônio Severo, que não havia começado pela falta de pagamento da contrapartida exigida ao município, de R$ 12 mil. Com a garantia dos recursos pelo prefeito Bernardo Rossi, a intervenção já alcançou o patamar de 20% de conclusão.
Foto: Marcello Santos
Prefeitura fará pagamento de contrapartida para finalizar casas da Posse

A prefeitura vai fazer o aporte de R$ 150 mil e, com isso vai destravar uma parcela de R$ 460 mil para finalizar 48 apartamentos do conjunto habitacional da Posse. Essa contrapartida é devida pelo governo do Estado, que fará o ressarcimento posteriormente. A decisão foi tomada para que possam ser feitos os acabamentos e as moradias sejam finalmente entregues, uma vez que nos últimos anos as obras foram paralisadas várias vezes e chegaram a ficar abandonadas.
O conjunto habitacional, que tem 144 apartamentos distribuídos em 12 blocos, está sendo construído em parceria pelo município (junto com a União) e pelo Estado, sendo cada um responsável por 72 apartamentos. Pelo município, 24, dos 72 apartamentos foram entregues em setembro do ano passado. Os demais estão quase prontos, restando acabamentos como instalação de vasos sanitários, torneiras, entre outros pontos. Além de fazer os acabamentos nos 48 apartamentos, a prefeitura já notificou a empresa responsável pela obra para que faça os reparos nas unidades que foram entregues durante a gestão passada e apresentam problemas.
O governo se reuniu com Ministério das Cidades no início do ano e teve a garantia de liberação da parcela devida. No entanto, por causa das dificuldades econômicas que o Estado vive, a contrapartida não foi repassada.
“Falta muito pouco para que essas casas sejam entregues, mas enquanto isso não acontece, elas vão se deteriorando. Então a solução encontrada para acelerar a entrega foi essa, a gente fará o pagamento dessa contrapartida e o Estado nos paga mais para frente. Assim, conseguiremos terminar com a espera de tantas famílias”, explicou Ronaldo Medeiros.
Os blocos têm três andares, cada um com quatro apartamentos de 48 m². O conjunto fica na Estrada Silveira da Motta, onde a prefeitura é responsável pelos sistemas de drenagem e saneamento, iluminação pública e pavimentação do entorno. As moradias vão beneficiar famílias atingidas por chuvas e que recebem aluguel social.