Na última sexta-feira (22), a Vigilância Sanitária trabalhou no auxiliando clientes na escolha de carnes, aves e peixes que irão compor a ceia de muitas famílias. Além de observar as embalagens dos produtos, refrigeração e data de validade, a equipe também informou sobre as condições de descongelamento e armazenamento. O objetivo da visita era que todos pudessem aproveitar o período festivo sem risco de contrair intoxicação alimentar.
A coordenadora da Vigilância Sanitária, Dayse Carvalho explica que com o verão e o aumento das temperaturas há o risco de se contrair as doenças transmitidas por alimentos. A atenção deve ser redobrada nos alimentos congelados que durante o trajeto até a residência começam a descongelar e são novamente congeladas até o dia do preparo.
“O ideal é descongelar apenas o que for consumir. O processo deve ser feito lentamente na geladeira ou em micro-ondas, nunca dentro de vasilhas com água ou diretamente sobre bancadas da cozinha. Após o preparo para garantir o sucesso da sua festa, mantenha os pratos já prontos em temperatura acima de 60°C ou abaixo de 5°C, ou seja, aquecidas ou dentro da geladeira, nunca ultrapassando 1h30 de exposição no ambiente após o preparo. O ideal é utilizar pequenas porções se não for servir tudo no mesmo dia e para guardar dê preferência em potes para congelamento”, orienta.
O chefe da fiscalização sanitária, Carlos Felicetti reforça ainda que o ambiente de preparo da ceia deve estar sempre limpo e organizado. “Os alimentos podem ser causadores de doenças, dependendo da quantidade e dos tipos de micro-organismos neles presentes. Então além do ambiente limpo é importante sempre lavar bem as mãos antes de manusear os alimentos que vai preparar ou comer, assim é possível evitar ou reduzir os perigos ou contaminação de alimentos”, disse.
Peixes e bacalhau
O bacalhau tem dois tipos mais vendidos, o do Porto (Gadus Mohua) e o Portinho (Gadus Macrocephalus). Na hora de escolher, eles devem estar com o cheiro característico, carne clara e firme. Tanto o bacalhau como os peixes salgados não podem estar avermelhados, nem úmidos ou em locais muito quentes, pois podem apresentar contaminação bacteriana.
O chefe da fiscalização sanitária, Carlos Felicetti orienta que o mercado é obrigado a manter a identificação da origem do produto à vista quando vendidos a granel. Já os comercializados em bandejas devem conter peso e registro de procedência.
“Peixes salgados de qualquer tipo que apresentarem coloração acinzentada não devem ser consumidos, principalmente se tiverem camada de pó fino esbranquiçado, pois podem estar contaminados por fungos. Os que estiverem com coloração alaranjada podem estar rançosos e também não podem ser consumidos. Estes normalmente apresentam odor desagradável, bem como o gosto”, informa.
Aves, carnes suínas e bovinas:
Os que optarem por aves, tender, carnes suínas ou bovinas, a dica é prestar bem atenção se estão congeladas ao serem compradas, sem cristais de gelo na embalagem, que é um sinal de descongelamento. Essas carnes também precisam ter em suas embalagens selo de inspeção dos órgãos do Ministério da Agricultura, origem e prazos de validades, além dos demais dados nutricionais da rotulagem.