Nesta semana, a Secretaria de Saúde dá início a uma série de ações em alusão à Semana Mundial de Amamentação. Com o slogan “Amamentação é a Base da Vida”, a campanha reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estão previstas orientações durante toda a semana nas unidades básicas de Saúde (UBS) e nos postos de Saúde da Família (PSF) do município. Serão atividades que vão desde palestras até apresentação musical no dia 6, que contará com uma programação especial no Hospital Alcides Carneiro (HAC). A unidade conta com a única maternidade pelo SUS, em Petrópolis, realizando média de 275 partos por mês.
“Queremos promover ações que despertem e sensibilizem a população para a importância deste gesto. Para isso, nossas equipes vão estar nas unidades com oficinas, pintura corporal, massagem, orientações sobre o papel do pai na amamentação, entre outras”, conta a superintendente de Atenção à Saúde, Fabiola Heck.
Hora do Mamaço
No sábado (11), o Palácio de Cristal receberá das 10h às 11h, a Hora do Mamaço. A iniciativa, busca alertar sobre a importância do aleitamento materno, desde as primeiras horas de vida até pelo menos os 6 meses de idade, além de trazer um movimento nacional para a cidade, com o fim de juntar o máximo de pessoas, empresas, órgãos e instituições que apoiem incondicionalmente a amamentação. Pede-se que as mães levem algo para forrar o chão e algum lanche para o piquenique comunitário.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje apenas 38,6% das crianças até 6 meses no mundo recebem exclusivamente o leite materno, enquanto a média aceitável seria acima de 60%.
Outro ponto importante divulgado pela OMS é que nenhum país segue inteiramente as diretrizes para a amamentação: a entidade recomenda amamentação exclusiva para bebês até 6 meses de idade, sendo estendido até os 2 anos com a combinação com outros alimentos.
Crianças amamentadas têm menos problemas de saúde, prevenindo assim, o número de óbitos em um momento que o bebê ainda está fragilizado, necessitando de todos os anticorpos e nutrientes que a mãe passa através de seu leite. Além disso, a criança passa a ter um desenvolvimento mais harmonioso e consegue criar um vínculo maior com a mãe.
Reportagens sobre mães que foram impedidas de amamentar em locais públicos ou que simplesmente pararam de amamentar por não ter uma rede de apoio e informação são cada vez mais comuns. “Precisamos nos juntar, para que possamos mudar essa nossa realidade. Precisamos mostrar tanto para as mães quanto para a sociedade, que a amamentação é um ato de amor, aonde as mulheres através de seus seios alimentam e protegem seu filho da forma mais pura”, diz a doula e consultora em amamentação, Julia Otero, organizadora do evento.
*Matéria atualizada em 8 de agosto, às 18h