Com ênfase no socorro de pacientes, transporte de órgãos para transplantes, acesso para Defesa Civil, forças de segurança e ainda movimentação no turismo, Petrópolis terá um heliporto, o primeiro da região serrana. O projeto tem o aval da Secretaria estadual de Transportes que anunciou oficialmente nesta terça-feira (11) a meta de fazer o projeto, que existe desde 2010, sair do papel. O secretário Washington Reis recebeu representantes do Petrópolis 2030 para alinhar a execução do pleito apresentado pelo movimento empresarial que reúne 26 entidades do município.
“Vamos implementar em Petrópolis um heliporto com capacidade para seis aeronaves simultaneamente porque entendemos que a cidade precisa de uma estrutura que pode ser usada também por outros municípios da região serrana”, anunciou o secretário estadual de Transportes, Washington Reis.
A meta é que o heliporto sirva, principalmente, às forças de segurança. “São situações em que bombeiros, sobretudo, precisam ter celeridade no acesso a Petrópolis e cidades vizinhas. Assim como forças de segurança como polícia e Defesa Civil e equipes de saúde. O objetivo é que o ponto de pouso e decolagem das aeronaves tenha essa prioridade”, classifica Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, lembrando ainda que a estrutura pode e deve ser usada como um mecanismo para que Petrópolis se sobressaia no turismo, em especial, o de negócios.
O projeto, já aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil, faz parte do Plano Aeroviário do Estado desde 2010 e prevê que a estrutura seja construída próximo ao Parque de Exposições de Itaipava. Hoje, o pouso de aeronaves do tipo na cidade só é possível em campos de futebol e áreas muito amplas cedidas ou alugadas para forças de segurança, hospitais e empresários.
O Plano Aeroviário do Estado, há 13 anos, previa um heliporto em Petrópolis, além de outras seis cidades fluminenses. O governo do Estado, agora, ouvindo o pleito do Petrópolis 2030 que listou 20 projetos estruturais para alavancar o desenvolvimento econômico da cidade, assinalou que o projeto será executado.
O movimento Petrópolis foi criado em abril deste ano com a meta de resgatar projetos que podem alavancar a economia da cidade e reverter um quadro de esvaziamento econômico. Reunidas, 25 instituições que representam indústria, comércio, turismo entre outras atividades econômicas, elencaram 20 propostas básicas de obras, programas e equipamentos que podem mudar essa realidade e estabeleceram como meta o ano de 2030 para que estejam em funcionamento estas reivindicações.
A pauta inclui a revitalização da Rua Teresa, um centro de convenções, uma escola de cervejaria, melhoria no abastecimento de energia, expansão do gás natural encanado e investimentos em segurança. Também entraram nesta lista pleitos como um radar meteorológico de última geração, uma agência de desenvolvimento econômico, a criação da Faculdade de Tecnologia e a inclusão de um curso de tecnologia (programação de computadores) no ensino médio em Petrópolis, além de uma campanha de divulgação da cidade para consolidar o turismo e atrair investimentos.