Política

Transporte público é tema de discussão na Câmara Municipal

A Comissão de Transporte Público e Mobilidade Urbana da Câmara Municipal se reuniu, nesta última quinta-feira (19), para discutir sobre o transporte público em Petrópolis. Foram convocados os diretores das cinco empresas que operam o transporte público no município, mas como eles não compareceram, foram representados pela assessora de marketing e comunicação do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), Carla Rivetti, que respondeu aos questionamentos feitos pelos vereadores. O presidente da CPTrans, Gilmar de Oliveira, também participou do encontro.

No encontro, foi discutida a questão da transparência na divulgação das planilhas de custo, com base na qual se define o preço das passagens em Petrópolis, além das constantes reclamações dos usuários com relação à má qualidade nos serviços oferecidos, com constantes faltas e atrasos nos horários.

O vereador Paulo Igor chegou a apresentar algumas reclamações recebidas pelo seu gabinete cobrando melhorias serviços por parte das empresas. Como exemplo, citou a linha 145, que liga a rodoviária ao bairro Mosela, que segundo informações, não circula nos domingos e feriados.

A representante da Setranspetro esclareceu algumas dúvidas com relação ao RioCard, empresa prestadora de serviço para o sistema petropolitano, que é detentora da tecnologia dos cartões eletrônicos de passagem. O vereador Anderson Juliano disse que a empresa deveria disponibilizar mais postos de venda e recarga de cartões, como nos terminais de transbordo de Corrêas e Itaipava, além de disponibilizar postos de venda em bairros mais distantes, como a Posse, por exemplo.

Gilmar de Oliveira, presidente da CPTrans, informou que atualmente, na cidade, mais de 50% dos bairros já são atendidos pela integração do sistema. Ele citou como exemplo a região do Brejal, na Posse, que foi beneficiada recentemente por este serviço. “Antes, os moradores do Brejal precisavam pagar duas passagens para chegar ao centro da cidade”, explicou.

Cobrado sobre a possibilidade de implantação do Bilhete Único na cidade, conforme indicação legislativa apresentada na semana passada pelo vereador Maurinho Branco na Câmara, Gilmar disse que a companhia possui estudos sobre o impacto que isso representaria na arrecadação na receita das empresas, girando em torno de R$ 400 mil por mês. “Isso precisa ser feito com muita cautela, para que não seja necessário onerar o preço das passagens. Além disso, o número de pessoas que fazem uso da integração é relativamente pequeno, girando em torno de 3% dos usuários do sistema”, garantiu Gilmar.

Muitos outros assuntos foram questionados pelos vereadores, como a aplicação do dinheiro da outorga recebido no pagamento do FGTS atrasado dos rodoviários, o aumento do número de linhas para os distritos nos horários de pico e durante a madrugada, as melhorias nos abrigos de passageiros dos pontos de ônibus e a ampliação das linhas interbairros.

Carla Rivetti garantiu que há uma preocupação muito grande por parte dos empresários do transporte público em Petrópolis em oferecer atrativos aos usuários, pois as empresas hoje disputam mercado com outros setores, como o da venda crescente de motocicletas e até mesmo o do transporte irregular. “Antes a preocupação era apenas a de obedecer as regras estabelecidas pelo poder concedente. Hoje há uma disputa de mercado nesse setor”, finalizou.

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