Na última terça-feira (19), representantes de duas das empresas que operam o transporte público no município, da Setranspetro e da Concer se reuniram na Câmara Municipal para debater a retirada de pontos de ônibus na rodovia, que acabam prejudicando comunidades localizadas na fronteira de Petrópolis e outras cidades. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), também convidada para a reunião, mas não enviou representantes.
A polêmica começou há pouco mais de três meses, quando os coletivos das empresas Turb e Cidade Real começaram a receber multas emitidas pela PRF, por pararem no acostamento da rodovia para “pegar” passageiros. As empresas interpuseram recursos, alegando a existência de pontos de ônibus, mas todos foram indeferidos.
Diante dessa situação, os motoristas passaram a não obedecer mais a sinalização dos usuários que não estivessem nos locais devidamente adequados, com recuos e abrigos para passageiros. A situação causou revolta nos moradores, que se viram obrigados a caminhar por até um quilômetro para pegar o coletivo. Eles procuraram a Comissão de Transporte Público da Câmara, pedindo a intervenção na questão.
Francisco de Assis, gerente de operações da Concer, disse que a companhia está realizando um estudo, através de uma terceirizada contratada, para avaliar a viabilidade e a demanda dos locais onde realmente são necessários os pontos de parada de coletivo. “São análises técnicas e criteriosas, que avaliam principalmente a segurança dos motoristas e dos pedestres”, destacou.
O vereador Meirelles frisou que a Comissão gostaria de ter acesso às conclusões desse estudo, para dar uma resposta à comunidade. “Precisamos de respostas, não só sobre o resultado do estudo, mas também sobre o cronograma da execução desse projeto, sobre o número de paradas que serão acrescidas ou retiradas. A Comissão de Transporte da Casa é órgão legítimo para atender a essa demanda da comunidade”, frisou.
Já o vereador Maurinho Branco, aproveitando a presença dos representantes da Concer, cobrou mais uma vez a construção de uma passarela para pedestres na entrada de Araras, onde já ocorreram vários acidentes fatais, muitos por atropelamento. “Já enviamos ofício à ANTT e a resposta foi negativa. Esperamos que pelo menos com o início do funcionamento dos radares essa situação se resolva de vez”, disse.