Foto: reprodução / Alexandre Cassiano
Durante reunião realizada na última sexta-feira (8), a prefeitura cobrou da Caixa Econômica Federal esclarecimentos sobre o andamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”. As obras para construção das 746 unidades do Vicenzo Rivetti, que serão entregues a famílias vítimas das chuvas que atualmente são atendidas pelo aluguel social, estão paralisadas.
“As obras estão paradas. Deparei-me com os portões do terreno fechados e não fui comunicado de qualquer problema. Esta é uma reunião para acertarmos os ponteiros, estreitarmos as relações e garantir que o que foi pactuado tenha andamento e seja concretizado”, disse o prefeito Rubens Bomtempo, lembrando que resgatou e repaginou o projeto do Minha Casa, Minha Vida do Vicenzo Rivetti e, paralelamente, depois de um esforço orçamentário, garantiu a compra de um terreno no Caetitu para a construção de mais um conjunto habitacional.
O gerente Regional de Construção Civil da CEF, Felipe Foureaux, explicou que a CEF já notificou a Andrade Almeida, responsável pelas obras no local. “A CEF tem 21% das obras medidas e pagas. As últimas três medições que realizamos no terreno foram zeradas, o que demonstra a falta de atividades por lá. A empresa já foi notificada e estamos em contato para buscar uma solução que garanta a continuidade deste projeto tão importante para a cidade”.
Bomtempo destacou que as famílias estão na expectativa pela entrega das chaves. “Nós devemos respeito e explicações às pessoas que serão diretamente beneficiadas com essas unidades. Em 2013, a presidente da República veio à Petrópolis e disse que a habitação era prioridade. Nesse mesmo ano assinamos contrato com a Andrade Almeida, vencemos a burocracia para garantir a continuidade dos programas habitacionais iniciados em 2002 e que foram interrompidos no governo passado e, agora, nos deparamos com problemas que ultrapassam o poder do município. A nossa parte foi toda cumprida. Não podemos deixar de lembrar que Petrópolis é o maior município da Região Serrana, que tem uma vulnerabilidade histórica e que no momento cerca de 1,5 mil famílias estão recebendo aluguel social”.
O prefeito também mostrou a sua preocupação com o terreno do Caetitu, adquirido pela Prefeitura para a construção de 732 unidades habitacionais. “Investimos no terreno e, depois de várias tentativas de assinatura de contrato com a CEF e a empresa vencedora da licitação, tivemos mais um entrave: a solicitação, antes do prazo previsto, por parte do Ministério das Cidades, da demanda social. Estamos preocupados porque já iniciamos os projetos de infraestrutura não só para ligar os dois conjuntos, como também para construção dos equipamentos públicos, como um Centro de Referência em Assistência Social, um Centro de Educação Infantil, uma escola e, ainda, uma Unidade Básica de Saúde”, concluiu.